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Neymar, cheio de flechas, retratado como Muhammad Ali e São Sebastião

Revista Placar faz uma releitura da histórica pose de Muhammad Ali, em edição da revista norte-americana Esquire, de 1968

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1 de 1 ney2 - Foto: Reprodução

“A última chance do craque”, diz a capa da revista Placar do mês de agosto, numa releitura  da histórica pose do pugilista Muhammad Ali, na edição de abril de 1968 da revista Esquire.

A reportagem de Placar apresenta Neymar como o maior craque brasileiro de sua geração, e uma das grandes esperanças do Brasil para conquistar o sonhado hexacampeonato na Copa do Mundo do Catar.

A comparação com Muhammad Ali nos remete à história de São Sebastião, um cristão que se alistou no exército do Império Romano, e, de acordo com a lenda, teria sido benevolente com os inimigos – por isso foi condenado à morte. 

Com o corpo cravejado por flechas, Sebastião foi jogado no rio apenas para ser encontrado por Santa Irene, que cuidou das feridas do soldado.

Sebastião voltou para a guerra e enfrentou o Imperador Diocleciano, sendo novamente condenado à morte – agora por espancamento. 

Essa história atravessou séculos, transformando o soldado em um mártir da luta dos cristãos e sendo representado por toda a Idade Média em quadros no qual aparecia com o corpo todo ferido por flechas.

E foi assim que a revista norte-americana Esquire quis representar Muhammad Ali: como um boxeador negro, que mesmo sendo condenado à morte pública, não se calou. Continuava expondo seu corpo, agora cheio de flechas. 

É assim que a publicação brasileira tenta retratar Neymar, que, de acordo com o texto de Leandro Miranda e Luiz Felipe Castro, “vive um momento crucial em sua tão vitoriosa quanto conflituosa carreira… e  quer fugir das flechadas (justas ou nem tanto) que recebe desde o início de carreira”.

O próprio Neymar admite que esta será a sua última Copa do Mundo. Portanto, a última grande chance do craque.

Neymar “crucificado”

Vale relembrar uma outra capa estilizada com Neymar, publicada em 2012. O jogador aparece crucificado e causou polêmica e revolta nos meios religiosos.
A CNBB ( Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) manifestou na época “profunda indignação”, e, em nota, protestou:

“A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial”.

 

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