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“Há um pequeno cérebro em seu coração”, garante cientista Gregg Braden

O coração não se restringe apenas à função de bombear o sangue para todo o corpo. Segundo Braden, o órgão tem “inteligência própria”

atualizado

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Michel Porro/Getty Images
Gregg Braden
1 de 1 Gregg Braden - Foto: Michel Porro/Getty Images

“Há um pequeno cérebro em seu coração”. Ao pensar na máxima, você fica reflexivo? A citação que leva a uma relação entre o principal órgão do sistema nervoso e o “motor” do sistema cardiovascular não pautou as aulas de biologia, mas sim, os estudos do cientista Gregg Braden. Chamadas de neurônios sensoriais, as “células especializadas” se concentram no músculo. Entre cérebro e coração, se costuma levar em conta as ordens de somente um deles. Entretanto, o especialista sugere rever os conceitos e harmonizar os dois.

Atualmente com 66 anos, o cientista é formado em geologia e chegou a trabalhar como designer de sistemas informáticos em uma multinacional. Em meados dos anos 1990, Braden se interessou pelo estudo de culturas antigas e, também, desenvolveu um interesse pela espiritualidade. Não bastou muito tempo para mudar suas áreas de pesquisa. Com base em investigações seculares, ele costuma abordar em entrevistas, livros e palestras importantes tradições espirituais que só agora a ciência começa a dar credibilidade.

Autor de best-sellers do New York Times, o especialista escreveu mais de 20 títulos. As publicações foram traduzidas para 27 países e, inclusive, estão nas prateleiras das livrarias brasileiras. Publicado em 2000, O Efeito Isaías traz os manuscritos encontrados no Mar Morto em 1946. Um dos mais vendidos, o livro Matriz Divina busca ajudar os leitores a descobrirem “a rede de energia que une tempo, espaço, crenças e milagres”. Também integram a lista de criações, O Código de Deus e Segredos de um Modo Antigo de Rezar.

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Coração

Um dos pesquisadores mais atuantes do HeartMath Institute, Braden está entre os especialistas que contribuíram com os diversos estudos sobre a “Inteligência do Coração”. Segundo o expert, o coração não se restringe apenas à função de bombear o sangue para todo o corpo. Ele assegura que o órgão tem “inteligência própria”. De acordo com o cientista, quando o motor do sistema circulatório entra em sintonia com o cérebro, o indivíduo toma melhores decisões, amplia o discernimento e se relaciona de modo saudável com o próximo.

“Há um fluxo de transmissão de informações enviadas não somente do cérebro para o coração, mas também ao contrário. Quando atingimos um equilíbrio nesta conexão, medindo em 0,10 ciclos por segundo, é quando enviamos ótimos sinais entre coração-mente e criamos um estado de coerência. Nesse momento, o cérebro começa a enviar químicas curativas ao corpo e o sistema imunológico se fortalece. Este estado de coerência é alcançado em momentos de calma interior”, disse Braden em um vídeo do HeartMath em 2010.

Cérebro-coração

Sediado na Califórnia, o instituto estuda cientificamente o estado de coerência e conexão entre os dois órgãos. Ao longo de duas décadas de pesquisa, o HeartMath fez descobertas fantásticas, como indicar que dentro do coração há um pequeno cérebro, um sistema nervoso independente, com aproximadamente 40 mil neurônios. Braden assegura que essas células especializadas comunicam com os seres humanos em uma linguagem ainda desconhecida devido “sermos condicionados a ver o mundo pela perspectiva cerebral”.

Gregg Braden
O cientista faz parte do HeartMath Institute

Ao ter conhecimento dos benefícios da prática nas relações interpessoais, o especialista recomenda conectar-se com o próprio coração e casá-lo com o “computador central” do corpo, ou seja, o cérebro. Braden define o processo como “virar uma chave”. “O coração inteligente é o grande segredo de todas as tradições espirituais. Estar em sintonia com essa vibração harmônica nos torna mais cooperativos, criativos, abertos e menos agressivos”, frisou o geólogo em uma palestra do HeartMath Institute.

Na avaliação do norte-americano, harmonizar o pequeno cérebro contido no coração com o fixado na cabeça funcionará como uma saída do caminho da destruição rumo à regeneração. O cientista traz ao debate o castigo dado à mente: “Quando acessamos a informação com o nosso coração, não passamos pela lógica, medo, autoestima e todas as dúvidas presentes no cérebro com o ego e o lado mental. O coração não funciona assim. Nele, as afirmações atuam de modo muito poderoso e podem gerar mudanças de vida”.

Campo eletromagnético

Outro ponto estudado e comprovado por Gregg Braden é o campo de energia do coração. Recentemente, a ciência descobriu que quando o órgão carrega um sentimento, cria-se ondas eletromagnéticas capazes de alterar a qualidade dos átomos do mundo. Em outras palavras, a realidade, conforme explicou o especialista na palestra Cura Energética. Ele frisa sobre os povos milenares terem batido nessa tecla da “potência do coração” há milhares de anos.

Brian Rose e Gregg Braden
De acordo com o cientista, a ciência só deu enfoque ao poder do coração recentemente

Centro físico do sistema cardiovascular, o coração possui 75 trilhões de células. Considerado o centro eletromagnético do corpo, chega a emanar 5 mil vezes mais eletromagnetismo que o cérebro e seis vezes mais eletricidade. Diante de tanto poder, o profissional orienta viver os sentimentos dentro do “motor” do corpo humano: “O que gostaria de experimentar em sua vida, sinta como se já estivesse acontecido, em vez de pedir que ocorra. O mesmo vale para quando quiser mudar algo ao seu redor ou no corpo”.

A princípio, as instruções deixadas em textos há 5 mil anos não parecem fazer sentido. No entanto, o expert relaciona com o conceito de criar o campo eletromagnético. O sentimento funciona como uma planta no coração e o material quântico do universo congela em torno do indivíduo como algo transformador, descreveu Braden. Diante de emoções positivas, o órgão responde com a liberação de frequências coerentes (também chamadas de suaves ou harmônicas) e, quando negativas, incoerentes (desiguais ou desarmônicas).

Gregg Braden
Os sentimentos afetam o campo eletromagnético e, consequentemente, influenciam o indivíduo, sua saúde e o bem-estar, além das interações sociais, garante o especialista

Os sentimentos afetam o campo eletromagnético e, consequentemente, influenciam o indivíduo, sua saúde e o bem-estar, além das interações sociais. “Quando harmoniza o coração no cérebro, a conexão nos torna diferentes na forma de viver a vida, com profunda empatia e intuição da compaixão, gerando algo bom no próximo”, assegura. De acordo com Braden, o entendimento a respeito da frequência emanada pelo coração muda a concepção de ser preciso esperar que o melhor aconteça e das pessoas estarem separadas:

“Chegamos em uma época da história em que reconhecemos sermos uma família neste planeta, quando nos unimos em cooperação, sem impor a própria vontade, controlar ou manipular a realidade. O físico John Wheeler, amigo de Einstein, chamou o processo de participação. Ele disse que fazemos parte do tipo de criação da realidade. Nós a escolhemos ter. O papel desempenhado no mundo é determinado diretamente pela vontade de aceitar a nossa função como parte disso”, destacou o geólogo em um vídeo do HeartMath, em 2010.

Gregg Braden
Gregg Braden orientando as pessoas como conectar coração e cérebro
Mudança de consciência

Gregg Braden aconselha harmonizar o coração e o cérebro. Uma forma de sintonizá-los é pela meditação, com a técnica de manifestação. O método permite acessar a sabedoria intuitiva do coração e possibilita que as ondas do campo eletromagnético emitido fiquem em frequências coerentes. Confira o vídeo, aprenda os exercícios e faça quando necessário. Fica o lembrete: um bom truque para fazer antes de tomar uma decisão importante. Mude a atenção para a área do coração, fique concentrado por alguns minutos e respire normalmente.

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