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Funn Entretenimento e R2 Produções adiam eventos e se reinventam na crise

A Funn cancelou a quarta edição do festival homônimo e a R2 revelou que não haverá o Arraiá do Aviões, previsto para o próximo dia 30

atualizado

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JP Rodrigues/Esp. Metrópoles
Inauguração Na Praia
1 de 1 Inauguração Na Praia - Foto: JP Rodrigues/Esp. Metrópoles

Uma das diversões preferidas do brasileiro é marcar presença no show do artista ou grupo musical preferido. Seguindo a máxima “quem canta seus males espanta”, o público aproveita para dançar, encontrar os amigos e se divertir como nunca. Momentos como esses são incentivados pela R2 Produções e Funn Entretenimento, produtoras sediadas na capital.

Com a medida em vigor de proibir eventos por causa da pandemia do novo coronavírus, as duas empresas precisaram se adaptar ao novo cenário e se reinventar diante do “fique em casa”. Ambas já haviam começado os preparativos de eventos futuros. Agendadas no calendário dos brasilienses, as festas atraem pessoas de vários cantos do país.

Prevista para ocorrer a partir de sexta-feira (08/05) até o final de junho, a quarta edição do Funn Festival precisou ser adiada, como a maioria dos grandes festivais ao redor do mundo. Postergar datas é a realidade dos profissionais do setor, conforme explica Pedro Caetano, sócio da Funn Entretenimento.

Show no Funn Festival
A quarta edição do evento começaria nessa sexta-feira (08/05)

Para reduzir os prejuízos, a empresa ativou o planejamento de contingência e crise. Além de seguir as medidas encontradas com rigor, a Funn desenvolveu estratégias para enfrentar o atual período do modo menos prejudicial possível. Segundo o empresário, uma das formas de “vencer” o momento conturbado é com otimismo e tranquilidade: “Momento de organizar a casa para minimizar os prejuízos e manter o pensamento positivo”.

Sentimentos agradáveis serviram de norte para o festival cancelado. “Só o amor irá nos salvar” foi a temática escolhida para a quarta edição do evento.

Turbulência

A R2 Produções também passa pela mesma turbulência. Alguns profissionais da produtora foram desligados, situação inimaginável pelos sócios da empresa que, no início do ano, movimentou a capital com o Carnaval no Parque. “A incerteza do cenário é a pior situação empresarial que já vivemos, nos 15 anos do nosso negócio”, frisa o CEO da R2, Wilson Kontoyanis.

Banda EVA no Carnaval no Parque
Show da Banda EVA no Carnaval no Parque, evento tradicional da R2

Com uma programação definida ao longo de 2020, as mentes à frente da empresa precisaram rever alguns eventos e, consequentemente, adiá-los. Três deles foram cancelados por ocorrer nos meses de maio e junho. É o caso do Arraiá do Aviões. Produzida pela R2, a festa junina teria o palco comandado pelo cantor Xand Avião e convidados especiais. O show seria no próximo dia 30.

Considerado um dos eventos mais aguardados pelos brasilienses, o Na Praia segue a todo vapor no que se refere aos preparativos. De acordo com Wilson, projetos arquitetônicos e cenográficos, prospecção comercial, contratações artísticas e tudo o que é do escopo de planejamento continuam em andamento.

“Adiamos a abertura de vendas do Na Praia, que há cinco anos acontecia na primeira semana de maio, mas trabalhamos com três cenários e datas diferentes para a realização do evento”, afirma o CEO da R2 Produções.

A princípio, os organizadores avaliaram medidas de segurança a serem implementadas durante o evento a fim de preservar o público. No mesmo caminho, a Funn sabe da importância dos novos equipamentos que deverão fazer parte da elaboração de qualquer festival. Medidores de temperatura em massa e cabines de higienização serão comuns em festas com grande público.

“Nos próximos meses, essa movimentação será um organismo vivo e nos adaptaremos para entregar mais segurança aos usuários. Já analisamos produtos e serviços, sem contar outras restrições e cuidados que passarão a ser realidade, ao menos a curto e médio prazo”, acredita Pedro Caetano.

Show da dupla Matheus e Kauan no Funn Festival, em 2019
Para futuros eventos produzidos pela Funn Entretenimento, os empresários já estudam equipamentos para garantir a segurança do público
Futuro

Segundo Pedro Caetano, a Funn está ciente das dificuldades futuras e do cenário obscuro em que se encontra. Com o fim da pandemia da Covid-19, os empresários acreditam existir o “novo normal”, comportamento responsável por transformar as relações de consumo e influenciar o segmento de atuação da produtora.

Eventos boutique atraem os holofotes, aumento da consciência ambiental, valorização da socialização e festivais realizados em locais abertos serão alguns dos futuros hábitos do público que frequenta os festivais.

Lives

Enquanto o distanciamento não acaba, as produtoras apostam em lives para distrair as pessoas em casa, mas não de qualquer jeito.

Público de um show
Por medida de segurança, as produtoras precisaram cancelar eventos

O maior desafio ao produzir esse tipo de apresentação é proporcionar uma experiência diferenciada a cada live. Público, artistas e marcas apoiadoras desse tipo de ação precisam se sentir integrados. Segundo Wilson Kontoyanis, o formato deve evoluir rapidamente. Pensando em se destacar no segmento, a R2 criou o projeto Fome de Música. Há dois anos, a iniciativa estava em planejamento e, por conta da urgência do cenário, a empresa tirou do papel de imediato.

“Nós adaptamos o modelo de doação de alimentos presencialmente [concessão de meia-entrada em troca de doação de 1 kg de alimento] para o modelo virtual nas lives. Viramos efetivamente uma plataforma de arrecadação de alimentos. A campanha é um grande sucesso. Conseguimos doações suficientes para oferecer 6,5 milhões de refeições”, revela o CEO. A R2 cuida do planejamento comercial das lives da dupla Jorge e Mateus. O show on-line dos sertanejos alcançou a marca de 3,1 milhões de acessos simultâneos.

Sócio da Funn, Pedro Caetano pressupõe que as lives vieram para ficar. O motivo? A atualidade mostrou a força da ferramenta democrática. “Do ponto de onde estamos, não voltaremos mais. O grande desafio relacionado a esse tema é conseguir entregar a experiência que a interação ao vivo promove para os eventos on-line e transmissões ao vivo”, finaliza.

 

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