DiCaprio e Jeff Bezos lançam fundo de US$ 200 milhões para a Amazônia
Eles entraram para ajudar nos esforços do governo brasileiro para preservar a vida selvagem e os povos indígenas nos próximos quatro anos
atualizado
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O ator Leonardo DiCaprio e o bilionário americano dono da Amazon Jeff Bezos estão unindo forças para salvar a Amazônia. Eles entraram para ajudar o desafio Protegendo Nosso Planeta (POP) a investir US$ 200 milhões (mais de R$ 955 milhões na cotação atual) nos esforços do governo brasileiro para preservar a vida selvagem e os povos indígenas da floresta amazônica nos próximos quatro anos.
“Estamos inspirados pelas metas ambiciosas do Brasil para proteger a Amazônia, um dos lugares mais importantes para a vida selvagem do planeta, e estamos entusiasmados em poder apoiar esses esforços por meio do desafio Protegendo Nosso Planeta”, comunicou DiCaprio à imprensa internacional.
O ator de O Grande Gatsby, O Lobo de Wall Street e Titanic aderiu ao desafio por meio do Re:wild, uma organização fundada por ele em 2021, com a missão de proteger e restaurar a natureza.
Já o dono da Amazon está envolvido no projeto por meio do Bezos Earth Fund, uma iniciativa que ele e a noiva, Lauren Sánchez, desenvolveram em prol do combate às mudanças climáticas.
“A Amazônia é crítica para o futuro da biodiversidade global e do clima, e damos as boas-vindas ao compromisso do presidente Lula e do governo do Brasil de protegê-la”, afirmou Cristián Samper, diretor administrativo e líder de soluções para a natureza do Bezos Earth Fund, no lançamento do projeto.
“Temos o prazer de apoiar a designação e gestão de áreas protegidas e territórios indígenas como parte fundamental da estratégia para reduzir o desmatamento, juntamente com novos modelos econômicos de desenvolvimento baseados na conservação e uso sustentável da floresta”, continuou Samper.
O desafio Protegendo Nosso Planeta pretende acabar com o desmatamento na Amazônia, salvaguardar permanentemente cerca de 145 milhões de acres de terras públicas não designadas e fortalecer tanto a gestão das regiões protegidas existentes quanto os direitos dos guardiões indígenas da Amazônia brasileira.
DiCaprio faz campanha contra PL do Marco Temporal no Senado
No mês passado, Leonardo DiCaprio usou seu perfil no Twitter para protestar contra a aprovação do projeto de lei (PL) 2.903/23, conhecido como Marco Temporal, no Senado Federal.
“Se o Senado do Brasil aprovar o PL 2903 , será catastrófico para a Amazônia, os povos indígenas que vivem lá e nosso planeta”, escreveu o artista que tem se posicionado a favor dos povos indígenas brasileiros.
DiCaprio também compartilhou um link para uma petição on-line e mencionou o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
sonia guajajara stf marco temporal
Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, participa do julgamento do Marco Temporal no STF Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Protesto contra o marco temporal no Theatro Municipal 6
Protesto contra o marco temporal no Theatro Municipal 6, em São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles
Indígenas fazem ato contra o PL 490, que estabelece a Constituição de 88 como marco temporal na demarcação de terras indígenas, no Museu Nacional 7
Manifestantes marcharam para o Congresso Nacional Vinícius Schmidt/Metrópoles
Indígenas fazem ato contra o PL 490, que estabelece a Constituição de 88 como marco temporal na demarcação de terras indígenas, no Museu Nacional 10
Protesto contra Marco Temporal ocorreu na tarde desta terça-feira (30/5) Vinícius Schmidt/Metrópoles
A Câmara dos Deputados aprovou, no final de maio, o PL 490/07, que prevê que os povos indígenas só terão direito a demarcar as terras ocupadas até a promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.
O texto teve uma rápida tramitação na Casa para demonstrar o entendimento do Legislativo, enquanto a tese jurídica seria discutida no Supremo Tribunal Federal (STF).
Por outro lado, o presidente Rodrigo Pacheco anunciou publicamente que o projeto não terá tramitação de urgência para agilizar o processo de votação do texto na Casa.
Além de determinar o Marco Temporal nas terras indígenas, o projeto de lei também autoriza a exploração de recursos naturais, como garimpo, dentro dos territórios protegidos e também o contato com comunidades de recente contato.
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