Um dia após “motel” ser encontrado em cadeia, 17 são exonerados
Entre os dispensados, estão pelo menos quatro pessoas que ocupavam cargos de chefia no presídio
atualizado
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Um dia após a divulgação da existência de aposentos reservados para visitas íntimas na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro – onde estão presos réus investigados pela Operação Lava Jato no Rio –, 17 funcionários da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) foram exonerados de seus cargos. As ordens foram publicadas na edição desta quinta-feira (8/3), do Diário Oficial (DO) do Estado do Rio.
Entre os exonerados, estão pelo menos quatro pessoas que ocupavam cargos de chefia no presídio, como chefe de segurança, diretor e coordenador de área.
Em nota, a administração penitenciária negou que as exonerações tenham ligação com o caso divulgado nesta quarta (7). “As publicações no DO não têm nada a ver com as instalações irregulares encontradas dentro da Cadeia Pública de Benfica”, informou.Sob nova direção
Segundo a Seap, “os atos de exoneração e nomeação fazem parte da rotina administrativa do início da nova gestão”. O atual secretário da pasta, David Anthony, assumiu o cargo em 24 de janeiro, substituindo o coronel Erir Ribeiro Costa Filho, afastado por decisão judicial. Costa Filho e outros servidores são acusados de conceder regalias ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB), que ficou detido na cadeia de Benfica até 18 de janeiro, quando foi transferido para um presídio de Curitiba.