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Rio: ex-secretário rebate acusação de genocídio feita por Eduardo Paes

Jorge Darze também questiona abertura de leitos anunciada pelo prefeito e a falta de medidas restritivas para conter avanço do vírus

atualizado

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Rio de Janeiro – Ex-secretário municipal de Saúde do Rio durante a gestão de Marcelo Crivella (Republicanos), o médico Jorge Darze rebateu às críticas feitas pelo prefeito Eduardo Paes, na manhã de sexta-feira (5/2), durante coletiva sobre a situação da cidade, classificada com alto risco de contaminação por Covid-19.  No encontro com jornalistas, Paes classificou o enfrentamento ao vírus, durante os 10 meses de 2020, como prática de genocídio.

Para Darze, o prefeito deveria responder pela acusação. “Não promovemos nenhum massacre, pelo contrário. Superamos as expectativas. Havia projeções internacionais indicando 120 mil mortes no Rio. E estamos longe desse número. Se tem alguma coisa melhorando agora é porque compramos equipamentos na hora certa, antes mesmo da pandemia, para reaparelhar a rede hospitalar. Mais de 700 respiradores. Isso nos deu fôlego para tratar dos doentes. E abrimos um hospital de campanha em 25 dias, com capacidade para 500 leitos”, lembra Darze, acrescentando que o município cedeu equipamentos para 25 cidades e para o governo estadual, permitindo a abertura de leitos em todo o Rio.

O ex-secretário acusa o atual prefeito de mentir na divulgação dos dados deste ano. “O prefeito diz, por exemplo, que abriu 200 leitos. Mas parte deles está em unidade da rede federal, custeado e com recursos humanos do Ministério da Saúde. No ano passado, nosso convênio para a abertura de leitos era com médicos contratados pela prefeitura do Rio. E o Eduardo Paes ainda fechou o hospital de campanha, que tinha 200 leitos ativos. Então, ele não está abrindo nada. A conta não bate”, avalia Darze.

Durante a coletiva, Eduardo Paes lembrou que a taxa de letalidade do Rio segue o dobro da registrada pela cidade de São Paulo, o que seria uma “prova do fracasso do plano de enfrentamento que vinha sendo utilizado desde o ano passado até janeiro deste ano”. “Temos mais idosos no Rio e fizemos todo o possível para preservar e salvar vidas, determinando, por exemplo, medidas restritivas para  garantir a segurança das pessoas”, completa.

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