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Relatora da CPI do 8/1 propõe delação premiada a “homem-bomba” preso

Senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da comissão, fez proposta a Wellington Macedo após ele permanecer em silêncio durante depoimento

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Hugo Barreto/Metrópoles
Senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI durante Comissão Parlamentar Mista de Inquérito CPMI do 8 de Janeiro musk - Metrópoles
1 de 1 Senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI durante Comissão Parlamentar Mista de Inquérito CPMI do 8 de Janeiro musk - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), propôs, nesta quinta-feira (21/9), um acordo de delação premiada a Wellington Macedo de Souza. O blogueiro bolsonarista foi condenado por participar da tentativa de explosão de uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro de 2022.

“O senhor não tem interesse de colaborar para os trabalhos aqui dessa comissão? De contribuir, trazer as informações a essa comissão? Nos levantamentos que fizemos, atestei que o senhor não agia de forma solitária, agia ao lado de várias outras pessoas. O senhor não cometeu isso de forma isolada, é um fato que temos na comissão”, afirmou a parlamentar.

Preso no Paraguai após ficar foragido, Macedo foi convocado a depor na CPMI nesta quinta. Após decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), ele ganhou e utilizou o direito a permanecer em silêncio durante o depoimento.

O bolsonarista afirmou, durante a fala inicial, que vai colaborar com as investigações assim que a defesa tiver acesso aos autos acusatórios. Wellington argumentou não saber por que está pagando “um preço tão caro” e sendo humilhado. Ele não respondeu os questionamentos dos parlamentares na comissão.

Quem respondeu a proposta da senadora foi o advogado do blogueiro, Síldilon Maia do Nascimento. “Eu acredito que, no mais tardar, na segunda-feira, eu já terei acesso a esses elementos e me coloco à disposição da senhora para, junto com à advocacia do Senado, a gente ter esse diálogo, ter acesso ao parecer que trata desse tema aqui internamente. Não temos nenhuma restrição e nenhuma limitação quanto a isso”, destacou.

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Foragido após suspeita de bomba

Depois da tentativa de atentado na véspera do Natal, Wellington estava foragido desde 5 de janeiro, data em que foi decretada a prisão preventiva. Ele acabou preso em 14 de setembro, em operação conjunta da Polícia Federal (PF) com a polícia do Paraguai, em Ciudad del Este.

Wellington Macedo foi condenado à revelia pela 8ª Vara Criminal de Brasília a 6 anos de prisão. Ele responde a dois inquéritos na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

O condenado quebrou a tornozeleira eletrônica dois dias após o episódio da bomba. Ele usava o equipamento desde outubro de 2021. O blogueiro é acusado de participar da ação e dos ataques à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, em 12 de dezembro de 2022.

Wellington foi preso em 2021 por estimular manifestações com pautas antidemocráticas, em 7 de setembro daquele ano, mas tinha sido liberado da prisão sob condição de usar a tornozeleira eletrônica 24h.

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