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Recuperado, Dr. Kalil admite que tomou cloroquina e defende o uso

O médico estava com um quadro grave da doença, com a possibilidade de transferência para a UTI, mas apresentou melhora

atualizado

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Após se recuperar de infecção por coronavírus, o Dr. Roberto Kalil Filho, diretor-geral do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, revelou ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, desta quarta-feira (08/04) que fez uso da hidroxicloroquina para tratar da doença. Ele deve receber alta ainda hoje.

“Pela ética médica, não quero influenciar outros tratamentos. É uma responsabilidade muito grande”, afirmou. “Meu estado geral era péssimo, foi discutido com a equipe vários tipos de tratamentos, dentre eles a hidroxicloroquina, e aceitei”, contou, ao dizer que apresentava quadro de pneumonia avançada.

O médico estava com um quadro grave da doença, com a possibilidade de transferência para a UTI, mas apresentou melhora.

Kalil reforçou que, como profissional de medicina, deve falar com cuidado a respeito do medicamento, que vem sendo apontado como uma das possíveis soluções para a infecção causada pelo novo coronavírus – embora ainda não hajam estudos robustos a seu respeito. Um dos maiores defensores do uso é o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Minha opinião é que, independentemente das ideologias, devemos procurar minimizar o dano à população e evitar mortes. Se existe medicação com evidências que pode haver benefícios, aliada a outras medicações, numa situação desta, tem que ser utilizada e pronto. Não tem conversa”, defendeu Kalil.

O médico fez questão de pedir, no entanto, que o medicamento seja usado apenas por profissionais. “Ciência acima de tudo, cloroquina é usada há décadas para outros tipos de patologias, de novo, a ponderação é que não dá para tomar cloroquina sem orientação médica, essa é a preocupação. Qualquer remédio pode ter efeito colateral. Recebi a medicação monitorado no hospital”.

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