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Queiroga critica Doria e Virada da Vacina em SP: “Como, se não tem?”

Vacinação de jovens de 18 anos começa neste sábado em São Paulo. Queiroga criticou a decisão do estado de procurar o STF para pleitear doses

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Minsitro da Saúde Marcelo Queiroga
1 de 1 Minsitro da Saúde Marcelo Queiroga - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou, neste sábado (14/8), a Virada da Vacina promovida pelo estado de São Paulo. O evento, que ocorre neste fim de semana, visa imunizar jovens a partir dos 18 anos contra a Covid-19. A ação começou às 7h deste sábado e vai até as 17h de domingo (15/8), sem interrupções.

Queiroga criticou o projeto e disse que o evento ocorre graças às doses de vacinas enviadas pelo governo federal ao estado. Na sexta-feira (13/8), o governador João Doria (PSDB-SP) disse que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Ministério da Saúde para pleitear a entrega de doses da Pfizer.

O ministro da Saúde analisou a judicialização como “descabida”. “Entendo que, apesar de ser um direito, é uma ação descabida. De certa maneira é até uma litigância de má fé do executivo do estado de São Paulo. Do ponto de vista prático, eles estão anunciando uma tal Virada da Vacina, que eu não sei o que significa isso, vacinar entre 18 e 20 anos. Como estão vacinando de 18 a 20 anos e não tem vacina? Tem vacina sim”, defendeu.

O impasse entre o governo de São Paulo e o Ministério da Saúde começou na última semana, quando Doria afirmou que uma carga com 228 mil doses Pfizer deveria ter sido entregue no dia 3/8, mas foi reduzida à metade sem justificativa.

Por outro lado, o Ministério da Saúde defendeu que a redução ocorreu porque o estado teria recebido unidades extras da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. Por isso, a pasta entendeu que seria necessário reduzir o número de unidades da Pfizer entregues a São Paulo, a fim compensar as doses extras coletadas no laboratório paulista.

Para resolver o impasse, Ministério da Saúde anunciou, na última segunda-feira (11/8), que entregaria as vacinas da Pfizer a São Paulo a partir desta semana, em remessas de 50 mil unidades. A pasta federal da Saúde também informou que, a partir das próximas entregas, descontará as doses excedentes de Coronavac que o estado de São Paulo supostamente retirou no Instituto Butantan.

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Mesmo com o anúncio, o governador de São Paulo decidiu recorrer à Justiça. “Ao alterar, de forma abrupta e desacompanhada de qualquer documento capaz de demonstrar os critérios utilizados, a forma pela qual a distribuição de vacinas é feita aos entes federativos, a União afrontou o pacto federativo”, afirmam os procuradores do estado na petição inicial.

O governo paulista pede que o STF determine, de forma liminar, que seja fixado um período mínimo de transição para a aplicação dos novos critérios de distribuição das vacinas a estados e municípios. Outro pedido é que a mudança nos critérios adotados pelo Ministério da Saúde não seja válida para a segunda dose do imunizante.

Neste sábado, Queiroga criticou a medida e disse que é preciso garantir a “equidade na distribuição de vacinas para todos os estados. “Nós queremos nos entender na esfera administrativa. Buscar a Justiça é uma falha justamente do processo de diálogo que existe na tripartite. Só quem está reclamando é esse estado. E os outros? Há clara prova de que o MS tenha colocado a conduta correta em relação à distribuição de vacinas. Mas vamos ao poder judiciário e vamos apresentar as razões que o MS tem acerca da distribuição dessas doses”, assinalou.

Programa de testagem

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou, neste sábado, de um evento piloto para avaliar o funcionamento do Programa Nacional de Testagem em Massa contra a Covid-19.

A realização de exames em massa para detectar o coronavírus foi anunciada pelo governo federal em maio, mas ainda não havia saído do papel. O evento ocorreu na Feira dos Importados, local com grande circulação de pessoas no Distrito Federal. Queiroga estava acompanhado de Flávia Arruda, ministra da Secretaria de Governo de Bolsonaro.

Cerca de 200 voluntários participaram da ação. Com parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Ministério da Saúde pretende adquirir cerca de 60 milhões de testes por mês. Desses, 4 milhões serão distribuídos aos estados nos próximos 15 dias.

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