Queiroga aplica primeiras doses da vacina contra Covid 100% brasileira
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) poderá, a partir de agora, ter tratativas com outros países para fornecer o imunizante
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, realizou, nesta terça-feira (22/2), a vacinação de quatro pessoas com o imunizante Oxford/Astrazeneca, produzido totalmente no país. A vacina tem o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), numa parceria com a AstraZeneca, e será entregue ao Ministério da Saúde para ser incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
“O pilar central da nossa estratégia [de enfrentamento à pandemia] foi a encomenda de tecnologia à Universidade Oxford, hoje com IFA produzido por essa instituição de excelência que é a Fiocruz. Investimos R$ 1,9 bilhão na encomenda tecnológica em uma vacina segura, eficaz, efetiva com resultados surpreendentes”, disse o ministro.
O evento de apresentação da vacina contou com a presença dos ministros João Roma, da Cidadania, e Ciro Nogueira, da Casa Civil. O embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson, e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello também estavam presentes.
O ministro aplicou doses da vacina em quatro pessoas. A pesquisadora SueAnn Clemens, da Universidade de Oxford, aplicou o imunizante em outras duas pessoas.
O governo brasileiro firmou parceria de transferência de tecnologia entre a farmacêutica AstraZeneca e a Fiocruz. De acordo com o ministério, os primeiros lotes de IFA nacional foram produzidos em julho de 2021. Anteriormente, era necessário importar a matéria-prima para as vacinas contra Covid-19 aplicadas no Brasil.
“Esse é um dia histórico para nossa instituição, no mesmo ano em que comemoramos o centenário de Oswaldo Cruz”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. A dirigente da instituição afirmou que o imunizante produzido em BioManguinhos é o mais barato entre os adquiridos no combate à pandemia.
Além de reforçar a Campanha Nacional de Imunizações contra a Covid-19, as doses brasileiras também poderão ser adquiridas por outros países. “É necessário que a vacina produzida na Fiocruz obtenha o registro emergencial na Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explicou Queiroga. As tratativas, neste caso, são feitas diretamente com a instituição de pesquisa.