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PSDB: Doria, Leite e Virgílio fazem debate amistoso antes das prévias

Pré-candidatos tucanos à Presidência da República focaram em propostas de governo e convergiram em boa parte do tempo; prévias serão domingo

atualizado

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Candidatos do PSDB em último debate antes das prévias
1 de 1 Candidatos do PSDB em último debate antes das prévias - Foto: Divulgação

São Paulo – Em debate realizado na CNN na noite desta quarta-feira (17/11), os pré-candidatos do PSDB à Presidência da República Eduardo Leite, João Doria e Arthur Virgílio mantiveram um tom cordial e não entraram em grandes conflitos. As prévias que vão definir quem será o presidenciável tucano serão realizadas no próximo domingo (21/11).

Os três candidatos focaram em perguntar uns aos outros sobre os planos de um possível futuro governo, nas áreas da preservação da Amazônia, educação, saúde, segurança pública, diversidade e liberdade de imprensa – e na maior parte do tempo, as opiniões convergiram.

Os ataques foram mais focados ao governo Jair Bolsonaro (sem partido).

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Doria aproveitou para citar alguns programas de governo em São Paulo, como o Vale Gás, as privatizações e a ampliação das escolas de tempo integral, e foi questionado se, caso seja escolhido como candidato tucano, abriria mão de sua candidatura mais perto do pleito se outra pessoa da chamada “terceira via” tiver mais chance de se eleger. O governador de São Paulo respondeu que sim.

“Sim, nós estamos construindo a terceira via, talvez a melhor via do PSDB, pela força das prévias, mas sempre pensando no Brasil. O nosso sentimento não é um individualista, não é um projeto pessoal. Vamos sim, nos sentar, aquele que vencer as prévias, com outros partidos para dialogar pelo Brasil e construir uma alternativa que faça frente aos extremos de Lula e de Bolsonaro”, afirmou.

“Presidente gay e jovem”

Já Leite destacou seus feitos em relação à reestruturação das contas do Rio Grande do Sul, os programas sociais que implantou no estado e falou de políticas voltadas à diversidade. Disse que será um presidente “gay e jovem” e, por isso, “diferente”.

Questionado se em seu governo manteria a atual política armamentista de Bolsonaro, o gaúcho sugeriu um meio-termo: “Eu não acho que o encaminhamento deva ser o absoluto desarmamento. Em situações específicas, em caso de propriedades rurais onde o acesso é mais difícil, cabe sim ter a possibilidade deste porte de armas para proteção da propriedade. Mas não se trata de ter uma política armamentista que nas mãos do cidadão acaba significando espaço para mais violência”.

Arthur Virgílio, ex-senador e ex-prefeito de Manaus (AM), focou suas intervenções em falar da importância da floresta Amazônica para o país e para o mundo. “É uma obrigação dos brasileiros salvar aquela região porque ela salva o Brasil”, disse.

Desbolsonarizar o PSDB

Ele ainda falou diversas vezes em “desbolsonarizar o PSDB”, criticou a bancada tucana na Câmara dos Deputados que vota de forma favorável a projetos do presidente – como a PEC dos Precatórios – e cobrou seus adversários sobre a permanência deles no partido independente da vitória nas prévias.

O ex-prefeito de Manaus perguntou a Leite se ele assumiria o compromisso de ficar na legenda caso perca, ao que Leite respondeu: “Eu escolhi como partido com 16 anos o PSDB. Eu não pude participar da fundação do partido porque eu tinha 3 anos de idade, mas o PSDB fundou em mim as visões políticas em que é possível conciliar uma visão moderna de gestão, mas ao mesmo tempo com sensibilidade social”.

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