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Prévias do PSDB: Leite cita “Bolsodoria” para atacar governador de SP

Mesmo tendo votado em Bolsonaro em 2018, governador gaúcho diz que Doria é que fez campanha pelo atual presidente: “Precisa se explicar”

atualizado

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Hyndara Freitas/Metrópoles
Eduardo leite faz campanha antes das prévias do PSDB
1 de 1 Eduardo leite faz campanha antes das prévias do PSDB - Foto: Hyndara Freitas/Metrópoles

São Paulo – Em um auditório com mais de 200 pessoas em um hotel de São Paulo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, encerrou seus eventos de campanha para as prévias internas do PSDB para definir o candidato à Presidência da República, que ocorrem neste domingo (21/11), e pediu o compromisso dos tucanos na reta final. 

Na terra de seu principal opositor, o governador de São Paulo, João Doria, Leite lembrou o “Bolsodoria” para atacar o adversário.

“Nao aceito que me coloquem como Bolsonarista em qualquer circunstância. Naquele momento em que Bolsonaro ia vencendo as eleições e era oportuno ser bolsonaeista, eu não fui. Declarei voto, mas não defendi Bolsonaro, não fiz campanha. Meu adversário nas prévias [Doria] não apenas fez campanha: misturou seu nome e fez campanha conjunta. Ele precisa se explicar”, disse Leite.

Leite se diz confiante sobre o apoio dos correligionários em São Paulo e no resto do país. Sua equipe de campanha projeta uma vitória contra Doria de 53% a 47%.

O gaúcho ainda aproveitou para exaltar o ex-governador paulista Geraldo Alckmin. “No dia seguinte das prévias, a primeira coisa que vamos fazer é trabalhar para que Geraldo Alckmin fique no nosso partido“, afirmou o governador gaúcho, ainda que Alckmin esteja em conversas com outros partidos. 

Em relação às conversas de Alckmin com o ex-presidente Lula em torno de uma vaga de vice na chapa presidencial do petista, Leite disse que respeita, mas não acredita que seja a saída.

“Tem um grande esforço no país para evitar a continuidade de um governo que é um desastre, como é o de Bolsonaro. Eu respeito que haja conversas, entendo que existe algo pior para o Brasil que é Bolsonaro, mas isso não significa que a gente troque o inaceitável pelo indesejável”, falou.

Leite focou as últimas semanas de sua campanha em São Paulo, que é o local com maior número de tucanos no pais – mais de 60% dos filiados cadastrados para votar no domingo são do estado.

Apesar de Doria ter o respaldo do PSDB paulista e favoritismo no estado, há dissidências como o prefeito Paulo Serra, de Santo André, o vereador Xexeu Tripoli e o terceiro vice-presidente do diretório, Evandro Losacco, que trabalham pela eleição de Leite.

“Foi fraude”

O evento desta sexta, aliás, teve como ponto alto o anúncio do apoio do senador José Aníbal, que aumentou a lista de paulistas que endossam o gaúcho.

Aníbal é o coordenador da Comissao Especial de Prévias, que foi responsável por analisar a denúncia de fraude em filiações que aliados de Leite fizeram a campanha de Doria.

O senador comentou o episódio e disse que o PSDB paulista cometeu fraude: “É algo inquietante. Você comete fraude e quer sustentar a fraude. Foi fraude. A partir daquele momento eu senti que nos estávamos lidando com um adversário duro, com posturas não compatíveis com o nosso partido”, disparou. 

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