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Prefeito de Salvador projeta Carnaval em outubro se houver vacinação

Bruno Reis também disse que opções do seu partido, o DEM, para 2022 vão de Bolsonaro a Ciro. Ele falou ao Poder em Foco, do SBT

atualizado

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O prefeito Bruno Reis, de Salvador
1 de 1 O prefeito Bruno Reis, de Salvador - Foto: Divulgação

Nome em ascensão na política brasileira após vencer a eleição para prefeito de Salvador em primeiro turno com 64% dos votos, Bruno Reis (DEM), herdeiro político do antecessor ACM Neto, é da turma que acha cedo para discutir as opções de 2022, mas não se furta de participar do debate nacional com posições fortes, bem ao estilo do padrinho.

Esse advogado de 43 anos que inicia o primeiro mandato como chefe do Executivo concedeu entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, ancorado pela jornalista Roseann Kenndy e que teve como convidada a reportagem do Metrópoles para a edição que foi ao ar na noite desse domingo (14/2).

Gestor de uma Cidade que tem no Carnaval uma das principais marcas, Reis lamentou na entrevista a restrição imposta este ano pela pandemia de coronavírus e explicou como tem trabalhado para não deixar sem renda quem vive de eventos e turismo na cidade.

“Conseguimos pagar quase R$ 18 milhões em auxílio, que continua a ser pago. Isso vem segurando essa galera, por enquanto, mas não tenha dúvida que a gente precisa concluir o processo de vacinação para, com incentivos fiscais, recuperar nossa capacidade de empreender, de promover esses eventos”, disse ele na conversa, feita por videoconferência.

Reis condiciona a realização de um Carnaval fora de época na cidade à vacinação em massa contra a Covid-19. “Queremos vacinar, queremos comprar vacina se o governo federal permitir. Fomos a primeira capital brasileira a concluir a vacinação com as doses disponíveis e tivemos que pedir mais ao governo federal”, discursou o prefeito.

“Sem a certeza das doses, porém, não há como prever uma data para realização do Carnaval, não dá para saber se poderemos fazer nos mesmos moldes do Carnaval tradicional. Vai depender se todos atores tiverem condição de participar. E há uma preocupação de fazer isso antes do mês de outubro, para não ficar muito próximo do Carnaval de 2022”, explicou.

Veja outros pontos abordados na entrevista, que será publicada na íntegra no site do programa Poder em Foco.

ACM Neto x Maia

Para Reis, apesar de ter sido chamado de traidor por Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do partido, ACM Neto, “evitou que o ex-presidente da Câmara passasse por um grande constrangimento”, pois, ao liberar a legenda na eleição legislativa, evitou que os parlamentares do DEM aderissem formalmente à candidatura de Arthur Lira (PP-AL).

Mesmo com a derrota da candidatura patrocinada por Maia, do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), Bruno Reis avalia que o DEM saiu fortalecido do pleito. “Conseguimos manter a presidência do Congresso Nacional com o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o que é importantíssimo”, afirmou.

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Aliança com o governo federal

O novo prefeito de Salvador reforça o discurso do antecessor e padrinho, ACM Neto, de que o DEM não saiu da eleição no Congresso mais governista e lembra que nomes do partido sempre estiveram no ministério de Bolsonaro, mas por escolha do presidente.

“Tanto que quando o ex-ministro Luiz Mandetta foi demitido, nós não reivindicamos nada”, afirmou Reis. “Não há nenhuma aliança automática com o governo federal, pelo contrário. Somos independentes e votamos pelo interesse do país”, discursou.

Tudo aberto para 2022

Bruno Reis tenta ser fiel ao discurso de que está cedo para discutir 2022, mas diz que vê o partido aberto a vários cenários em 2022, de Bolsonaro a Ciro Gomes (PDT).

“Se o DEM tiver a possibilidade de ter um projeto próprio, consistente, para presidente da República, nós iremos segui-lo. Por essa e outras razões que nós não temos adesão automática ao atual governo. Não descartamos apoiá-lo para uma reeleição, como também temos outras alternativas, outros nomes, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o do ex-governador Ciro Gomes (PDT do Ceará)… Pessoas com quem temos afinidade de ideias e de pensamentos em relação ao país e ao perfil que a gente espera de um homem público que possa conduzir o destino da nossa nação”.

João Roma e o ministério

Aliado próximo de ACM Neto, Bruno Reis não viu, como o ex-prefeito, tantos problemas em o deputado federal João Roma (Republicanos-BA) ter aceitado o convite do governo para assumir o Ministério da Cidadania. ACM Neto achou “lamentável” a ida do aliado para o ministério, já Bruno Reis se limitou a dizer que o governo ganharia um bom quadro e que a decisão nada tinha a ver com o DEM, apesar da proximidade entre os políticos envolvidos.

“Nós temos, na verdade, uma relação pessoal muito forte com o deputado João Roma, mas é óbvio que a escolha é partidária, do partido que ele faz parte”, disse Reis na entrevista.

Poder em Foco

O Poder em Foco vai ao ar todo domingo, logo após o Programa Silvio Santos. É apresentado por Roseann Kennedy, que semanalmente recebe um jornalista convidado.

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