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Visitas de ministros de Lula ao Paraná provocam mal-estar com PT local

Ministros da Saúde e Justiça do governo Lula (PT), Nísia Trindade e Flávio Dino cumpriram agendas no Paraná, mas evitaram PT local

atualizado

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Divulgação/AEN
O governador do Paraná Ratinho Júnior (PSD) com Nísia Trindade, ministra da Saúde do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
1 de 1 O governador do Paraná Ratinho Júnior (PSD) com Nísia Trindade, ministra da Saúde do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Foto: Divulgação/AEN

Agendas de membros do primeiro escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Curitiba (PR) resultaram em insatisfação entre lideranças locais do Partido dos Trabalhadores. Na semana passada, o ministro da Justiça Flávio Dino cumpriu agendas na capital paranaense. Nesta segunda-feira (17/4), a ministra da Saúde Nísia Trindade (foto em destaque) esteve com o governador do Parná Ratinho Júnior (PSD).

A principal reclamação é de falta de atenção dos ministros com lideranças petistas, responsáveis pela campanha de Lula no estado durante a eleição do ano passado. Em áudio que circula nos grupos petistas, cuja autoria foi confirmada pelo Metrópoles, o deputado estadual Requião Filho expõe sua insatisfação com a falta de articulação do governo.

“Nos dois eventos, deputados da bancada estadual do PT foram informados de última hora, por e-mails institucionais, sem nenhuma preocupação de confirmação de presença. Não consigo entender esta posição do governo federal. Nós estamos aqui no Paraná enfrentando os problemas e não podemos, e não devemos, ser ignorados pelo governo que ajudamos a eleger”, reclama Requião Filho no áudio.

Outros parlamentares petistas, como apurou o Metrópoles, endossaram internamente o discurso do deputado estadual. Mas, no caso do clã Requião, a insatisfação se tornou pública quando o ex-governador Roberto Requião, que deixou o MDB e se filiou ao PT no ano passado, foi preterido no comando de Itaipu.

De acordo com interlocutores da família Requião, durante a campanha eleitoral lideranças do PT ligavam para os aliados paranaenses diversas vezes durante o dia, principalmente no segundo turno.

O Paraná foi o sexto maior colégio eleitoral do país e, na eleição passada, Lula teve 37,6% dos votos na disputa direta contra Bolsonaro. São 5 pontos percentuais a mais que o recebido por Haddad (PT), também contra Bolsonaro em 2018.

Na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, Requião Filho voltou a criticar: “Em 100 dias, já estão passando por cima da base e de tudo aquilo que defendíamos na campanha. Já esqueceram as nossas bandeiras e agora negociam com nossos oponentes políticos pautas que deveriam ser inegociáveis. Mas nós continuaremos firmes, defendendo as mesmas pautas, fomos eleitos pra isso e não para esquecer o povo do Paraná”, declarou.

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