Vídeo: homem confundido com terrorista de Brasília nega fake news
Circulou pelas redes sociais foto em que pecuarista aparece ao lado de Helder Barbalho como sendo suspeito de ser terrorista
atualizado

O pecuarista Fábio Coutinho Assunção, vice-presidente do Sindicato Rural de Xinguara (PA), divulgou um vídeo para desmentir informações falsas que o identificaram como suspeito de ser terrorista e armar atentado com bomba no Aeroporto Internacional de Brasília.
Circulou pelas redes sociais uma foto em que o pecuarista aparece em um evento ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), aliado do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As publicações diziam que ele seria a pessoa presa por planejar um atentado em Brasília no último fim de semana.
“Estão usando maldosamente essa foto e venho aqui esclarecer. Essa foto sou eu, Fábio Coutinho Assunção, nada a ver com a pessoa que foi presa lá [em Brasília]”, disse o pecuarista em vídeo.
Veja:
Bombas por Brasília
Faltando menos de uma semana para o grande evento de posse do presidente eleito, explosivos foram encontrados em duas regiões de Brasília, capital federal. No sábado, as forças policiais interceptaram a tentativa de detonação de uma bomba em um caminhão de querosene no Aeroporto de Brasília.
O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, que planejava cometer atentados em Brasília, disse em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que estava “preparado para matar ou para morrer”.
O empresário foi preso com arsenal composto por armas e explosivos, na noite de sábado (24/12), véspera de Natal. Em depoimento, ele afirmou que veio para a capital federal “preparado para guerra” e que aguardava uma “convocação do Exército”, pois é um “defensor da liberdade”.
George declarou à PCDF que “pegou em armas para derrubar o comunismo”. Pontuou ainda que tinha intenção de distribuir armamentos para grupos acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
“A minha ida a Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo. A minha ideia era repassar parte das minhas armas e munições a outros CACs [caçadores, atiradores e colecionadores] que estavam acampados no QG do Exército assim que fosse autorizado pelas Forças Armadas”, afirmou.
No dia 25, após uma denúncia de suspeita da existência de um arsenal abandonado, o esquadrão de bombas do Batalhão de Operações Especiais da PMDF realizou no Gama procedimentos técnicos e confirmou se tratar de explosivo. Em seguida, fez a detonação controlada do material por volta das 22h30.
A Polícia Civil do DF ainda vai investigar a origem do material e as circunstâncias em que ele foi deixado no local. Ainda não se sabe se esse episódio tem relação com a tentativa de atentado ao Aeroporto de Brasília.