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“Todo mundo quer uma constituição para chamar de sua”, ironiza Sergio Moro

O comentário foi em resposta à declaração do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, de que a Carta Magna “tornou o país ingovernável”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ex-ministro Sergio Moro
1 de 1 Ex-ministro Sergio Moro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro voltou a criticar, nesta terça-feira (27/10), a ideia do plebiscito para reformar a Constituição Federal de 1988, defendida nessa segunda-feira (26/10) pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), inspirado no que ocorreu no Chile.

“Cada um quer uma [constituição] para chamar de sua. É melhor ficar com a que já temos. O que não impede que a gente emende e altere naquilo que entendermos que seja o caso de alterar”, ironizou Moro, em um debate virtual sobre sistemas judiciais internacionais.

O ex-juiz já havia criticado a sugestão de nova constituição nesta terça-feira. “O que dificultou a governabilidade do Brasil nos últimos anos foi a corrupção desenfreada e a irresponsabilidade fiscal, não a Constituição de 1988 nem a Justiça ou o MP”, escreveu nas redes sociais.

Em live promovida pela Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDConsult), Barros afirmou que a Constituição atual “tornou o país ingovernável”. Ele sugeriu um plebiscito para formar nova Assembleia Geral Constituinte, além de dizer que a Carta Magna possui muitos direitos. O deputado ainda criticou o ativismo judicial.

A declaração do líder do governo foi alvo de críticas de parlamentares da base e da oposição e de juristas, que consideraram preocupantes os ataques à Constituição, ao Judiciário e aos direitos e garantiam que fundamentam o Estado de Direito.

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