Durante reunião do grupo de transição para a Saúde, na manhã desta sexta-feira (25/11), integrantes da equipe, além de criticarem a gestão do governo de Jair Bolsonaro em relação à pandemia, deram detalhes de reunião com o Tribunal de Contas da União (TCU).
Na terça-feira (22/11), o grupo se encontrou com o ministro Bruno Dantas, do TCU, que apresentou à transição um documento contendo dados sobre o status atual da máquina pública. No mesmo dia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também conversou com os representantes do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Médico sanitarista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Arthur Chioro chega ao microfone do Gabinete de TransiçãoRafaela Felicciano/Metrópoles

José Gomes Temporão, integrante do GT da SaúdeRafaela Felicciano/Metrópoles

Existe uma série de evidências e documentações que "apontam para crimes e omissões e situações extremamente graves", disse TemporãoRafaela Felicciano/Metrópoles

Humberto Costa, Aloísio Mercadante, José Gomes Temporão e Arthur ChioroRafaela Felicciano/Metrópoles
Integrante do grupo de transição, José Gomes Temporão, pesquisador da Fiocruz, membro da Academia Nacional de Medicina e ex-ministro da Saúde nos governos Lula e Dilma Rousseff, considerou que há evidências de que o governo se omitiu sobre questões de saúde.
“Foi uma reunião muito importante, porque estabelecemos um canal entre as duas equipes. Existe uma série de evidências e documentações que apontam para crimes e omissões e situações extremamente graves”, disse Temporão.
Segundo o ex-ministro Temporão, uma das omissões mais graves foi “contra comunicação”. Enquanto estados e municípios, cientistas, pesquisadores e sanitaristas e as mídias se esforçavam em divulgar e informar adequadamente a população sobre as medidas de prevenção, o uso de máscaras, higiene, vacinação e distanciamento, o governo se organizou para divulgar informação antagônica”, explicou.
Ele informou que houve imposição de sigilo, por parte do Ministério da Saúde, sob compras de vacinas e medicamentos. Os relatórios específicos ainda serão enviados.