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GT da Saúde questiona enfrentamento de “nova possível onda” da Covid

A principal crítica do gabinete de transição (GT) da Saúde é a forma como o atual governo lida com a Covid. Eles veem omissão

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
imagem colorida de homens com máscara integrantes do gabinete da saúde do governo Lula - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida de homens com máscara integrantes do gabinete da saúde do governo Lula - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O gabinete de transição (GT) para a Saúde do recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se, na manhã desta sexta-feira (25/11), para fazer um balanço das ações na área e da integração e diálogo com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

De início, o ex-ministro Aloísio Mercadante chamou atenção para a conduta dos integrantes do Ministério da Saúde da gestão atual. Segundo o político, quando os membros da transição se reuniram com a equipe do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, houve a percepção de que eles não usavam máscara de proteção contra Covid-19. “A equipe da transição [de máscara], e a equipe da transmissão [sem máscara]”, ironizou Mercadante.

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O senador e um dos líderes do grupo de transição, Humberto Costa (PT/PE), opinou que há chance de uma “possível nova onda”.

“Vocês sabem que a pandemia não acabou, e nós estamos vivenciando, na nossa avaliação e de alguns cientistas, o início de uma possível nova onda”, alertou. Ele apresentou relatórios que a equipe está confeccionando, com base em dados do governo.

O médico sanitarista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Arthur Chioro afirmou que o grupo já teve 12 audiências com diversos organismos de representação da sociedade civil. Ele acrescentou que, na próxima semana, os integrantes se reunirão com mandatários da enfermagem brasileira.

“Essa dinâmica de trabalho é exatamente para cumprir essa determinação de abrir espaço com a sociedade. O que mais temos ouvido de todos os setores é: ‘Finalmente voltamos a ter diálogo’. Acho importante destacar esse aspecto”, pontuou Chioro.

Chioro foi ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff (PT). Antes disso, atuou como secretário de Saúde de São Bernardo do Campo. Ele disse ainda que medidas contra Covid-19 precisam ser tomadas agora. “Não é possível esperar até 1º de janeiro. Medidas precisam ser tomadas agora. É uma desorganização total. O ministério distribui as doses, mas não sabe onde elas estão nem o prazo de validade”, reclamou.

Outro integrante do grupo de transição, José Gomes Temporão, pesquisador da Fiocruz, membro da Academia Nacional de Medicina e ex-ministro da Saúde nos governos Lula e Dilma, também criticou a gestão Queiroga em relação à aquisição e manutenção dos imunizantes.

“O Ministério da Saúde está se omitindo, deixando de comprar medicamentos e deixando para os estados comparem medicamentos. E, agora, os estados estão entrando na Justiça pra pedir ressarcimento”, salientou Temporão.

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