“Se eu pensar em 2022, não durmo mais”, diz Bolsonaro sobre reeleição
Presidente disse que não governa “para agradar todo mundo” e comemorou aumento de popularidade no Nordeste
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não governa pensando em reeleição. Durante conversa com apoiadores na noite dessa quarta (28/10), o chefe do Executivo disse não tomar decisões preocupado em agradar a todos.
“Se eu pensar em 2022, eu estou morto. Eu não durmo mais, tento agradar todo mundo, chamar todo mundo de bonito, estamos juntos, valeu. Minha aceitação no Nordeste ultrapassa 50%, coisa que ninguém acreditava nisso. O que eu fiz? Nós começamos a concluir obras”, disse.
Jair Bolsonaro jogando sinuca
Presidente Jair Bolsonaro em agenda ao Nordeste Alan Santos /PR
Jair Bolsonaro com chapéu coco
Presidente Jair Bolsonaro em agenda ao Nordeste Alan Santos /PR
Jair BOlsonaro recebido por multidão
"Tenho muito orgulho de estar à frente do Executivo, com 23 ministros, onde nenhuma suspeita de corrupção até o momento pairou sobre nós", diz o presidente Alan Santos /PR
Jair Bolsonaro em pastelaria
Alan Santos /PR
Jair Bolsonaro comendo pastel
Jair Bolsonaro comendo pastel Alan Santos /PR
Bolsonaro vem sendo acusado pela oposição de utilizar a intensa agenda de viagens como plataforma de campanha eleitoral antecipada e de busca por popularidade. Desde que se recuperou da Covid-19, em julho, o presidente passou a fazer ao menos uma viagem por semana. As agendas chegaram a fazer o avião presidencial decolar de Brasília três vezes na mesma semana.
Durante a conversa, o mandatário da República aproveitou para criticar o governo de Alberto Fernández, presidente da Argentina, e especular sobre como estaria o Brasil caso seu adversário do segundo turno, Fernando Haddad (PT), tivesse sido eleito.
“Olha o que o presidente da Argentina fez no tocante ao vírus lá. Fechou tudo. E, proporcionalmente, mais que o dobro do número de mortes de outros países. Imagine o Haddad presidente aqui”, criticou.
Com pouco mais de 30 mil mortes por Covid-19, recentemente a Argentina ultrapassou o Brasil em mortes por milhão de habitantes. Embora, no Brasil, mais de 158 mil pessoas tenham perdido a vida para a doença, o número proporcional é menor, considerando o tamanho da população.
