metropoles.com

Ricardo Barros vira réu após delação de esquema de propina no Paraná

Deputado nega acusações e afirma ser vítima de “ativismo político” do Ministério Público do estado. Na época dos fatos, ele era secretário

atualizado

Compartilhar notícia

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Ricardo Barros
1 de 1 Ricardo Barros - Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), virou réu na Justiça Eleitoral do Paraná acusado de receber quantias de dinheiro da empresa Galvão Engenharia para, supostamente, facilitar a compra dos parques eólicos da empresa pela Companhia Paranaense de Energia, a Copel. As acusações contra o deputado dão conta de práticas de lavagem de dinheiro, tráfico de influência e falsidade ideológica eleitoral.

A denúncia foi movida contra o deputado e outras quatro pessoas pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). As irregularidades teriam sido cometidas em 2013, quando Barros atuava como secretário estadual de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul do estado.

À época, segundo a denúncia do MPPR, a Copel adquiriu, por R$ 160 milhões, uma carteira de projetos eólicos da Galvão Energia. Barros foi delatado por Jean Alberto Luscher Castro, diretor da Galvão Engenharia, e Eduardo Queiroz Galvão, do conselho de administração.

A ação penal tramita sob sigilo na 3ª Zona Eleitoral de Curitiba.

O que diz Barros

Em nota enviada ao Metrópoles, Barros repudiou o fato de a denúncia ter sido protocolada em 3 de novembro, quando estava na pauta a votação na Câmara da PEC 5/2021, que tratava da alteração da composição do Conselho Nacional do Ministério Público.

Segundo o parlamentar, auditorias independentes realizadas mostraram “ausência de dano ao erário na compra do parque eólico”. “O próprio delator reconhece que a venda foi abaixo do preço. Não houve tráfico de influência”, enfatizou Barros.

O líder do governo também defende que os depósitos citados pelo MPPR são lícitos e estão declarados no Imposto de Renda dele ou de suas empresas. As aquisições também estão declaradas, conforme o parlamentar.

A Galvão Engenharia ainda teria, segundo o MPPR, feito doações eleitorais ao diretório nacional do Progressistas — partido pelo qual Barros elegeu-se deputado. Segundo ele, as doações foram “lícitas e espontâneas”. “Os valores foram distribuídos a vários candidatos que concorreram na eleição de 2014. A mim, foram destinados menos de 20% do valor total, como reconhece o próprio MP eleitoral”, explica.

Ainda na nota, o deputado diz que a “denúncia não se sustenta” e acusa o MP de “ativismo político”. “O vazamento de informações sigilosas e a criminalização das doações oficiais. Provarei mais uma vez a minha boa fé, como já provei em outras acusações do Ministério Público”, finaliza.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?