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PSDB e Cidadania defendem PEC por 1 ano e revisão do teto em 2023

Federação PSDB-Cidadania reuniu-se com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar sobre a PEC da Transição nesta quarta-feira (30/11)

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
O coordenador da transição e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, anuncia mais nomes pra transição do novo governo. Em detalhe, sua pasta com o brasão da República - Metrópoles
1 de 1 O coordenador da transição e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, anuncia mais nomes pra transição do novo governo. Em detalhe, sua pasta com o brasão da República - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nesta quarta-feira (30/11), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se com líderes partidários do PSDB, Cidadania, PSol e PT para tratar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. A federação PSDB-Cidadania defendeu que o texto tenha validade de 1 ano, para o pagamento do Bolsa Família e para que, em 2023, também seja feita a revisão da regra do teto.

“Não pode um governo começar o ano que vem criando gastos para próximos cinco anos [extra-teto]. Eu disse para Lula: ‘Nós temos a missão de rever o teto de gastos e a regra de ouro no próximo ano’. Não podemos ficar sempre no penduricalho para dar condições de ter auxílio. Ou revisamos isso e antecipamos essa revisão, que está prevista para daqui a cinco anos [2027], ou sempre teremos de fazer exceções para tratar de obrigações”, disse Alex Manente (SP), líder do Cidadania na Câmara.

Mais cedo, Lula encontrou-se com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar do  assunto.

O PT busca uma longa licença extra-teto de quatro anos, tempo de mandato de Lula, para que o Bolsa Família de R$ 600 seja pago fora da regra constitucional. Porém, a proposta encontra resistência dentro do Congresso por ser considerada um “cheque em branco” para o novo governo gastar. “Nossa posição é não permitir que isso se alongue”, declarou Manente.

Adolfo Viana (BA), líder do PSDB na Câmara, foi questionado sobre como a federação vai se posicionar diante o novo governo e, de acordo com ele, será independente, “como o PSDB sempre foi”.

O Metrópoles questionou às lideranças se as eleições da Câmara e do Senado foram tratadas na reunião. “Não, só a PEC”, respondeu Adolfo Viana.

Além de Viana e Manente, Lula também se encontrou com Guilherme Boulos, deputado eleito por São Paulo pelo PSol; Juliano Medeiros, presidente nacional do PSol; e o vice-presidente e vice-líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).

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