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Presidente do PT-RJ contraria cúpula e fala em “plano B” a Lula

Washington Quaquá afirma em texto que partido não pode correr risco de transformar sua “bomba nuclear” em um “artefato inativo eleitoral”

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017
1 de 1 Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O presidente do diretório estadual do PT do Rio, Washington Quaquá, ex-prefeito de Maricá (RJ), quebrou o silêncio que imperava no PT sobre a possibilidade de um substituto para Luiz Inácio Lula da Silva, o chamado “plano B”, caso o ex-presidente seja impedido pela Justiça de disputar a Presidência na eleição do dia 7 de outubro. A iniciativa contraria decisão do partido de formalização da pré-candidatura do petista tomada um dia após Lula ter condenação confirmada pela Justiça da segunda instância por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

Em texto intitulado “Permita-me discordar!”, postado na quarta-feira (31/1) na página oficial do PT-RJ no Facebook, Quaquá propõe que o PT mantenha a candidatura de Lula até o limite legal, conforme já foi aprovado e divulgado amplamente pelo partido, mas discuta abertamente o “plano B” e escolha “um petista amplo e com experiência de governo, sem sectarismo, que seja seu companheiro de chapa e substituto em caso de violência institucional do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)” .

Segundo Quaquá, ao insistir em não apontar uma alternativa a Lula, o PT corre risco de transformar sua “bomba nuclear” em um “artefato inativo eleitoralmente”.

Repercussão
O texto teve ampla repercussão interna no partido. Segundo petistas, a opinião de Quaquá reflete a posição de um setor minoritário da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a maior do PT, da qual faz parte o próprio Lula. De acordo com dirigentes petistas, Quaquá fez a postagem depois de participar de uma reunião da corrente em São Paulo.

Segundo ele, o que está em jogo são dois caminhos diferentes para a reconstrução do PT sem Lula. O primeiro, sem “plano B”, seria de médio prazo, pois pressupõe uma derrota eleitoral. O segundo, conforme Quaquá, permitiria a formação de uma aliança em torno de Lula, manteria o poder do ex-presidente de influir no resultado da eleição deste ano.

Radicalização
De acordo com ele, o discurso radical em defesa de Lula pode levar à desmoralização do PT se não houver o apoio popular nas ruas esperado pela direção do partido.

“O discurso esteticamente radical nosso não vai nos levar a nada. Esse discurso estreito de incitar um movimento de massas sem massa terá efeito desmoralizante! Uma revolução sem exército popular não é revolução é blefe!”, escreveu o dirigente.

O nome preferido da CNB para substituir Lula é o do ex-governador da Bahia Jaques Wagner que, no entanto, prefere disputar o Senado. Outro nome citado é o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que não vai ser candidato nas eleições deste ano e foi escolhido por Lula para coordenar o programa de governo do PT.

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