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PC do Rio apreende computadores do condomínio de Bolsonaro

Objetivo da corporação é identificar possíveis alterações nas gravações que envolveriam o presidente no caso Marielle

atualizado

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Marielle Franco
1 de 1 Marielle Franco - Foto: Ninja

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) apreendeu, nesta quinta-feira (07/11/2019), os computadores da administração do condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem casa. O objetivo é apurar as alegações de um porteiro do local, segundo quem um dos suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ), Élcio Queiroz, teria informado que iria à casa de Bolsonaro no dia do crime.

Eles vão periciar os arquivos para identificar possíveis alterações nas gravações da portaria.

Segundo o funcionário do condomínio, Élcio afirmou que iria à casa do então deputado federal, a de nº 58. Ele ligou para a residência e “o seu Jair” teria autorizado a entrada. O porteiro notou, contudo, que ele não se dirigiu à casa 58, mas sim à 65, que pertence a outro suspeito do crime, o policial militar aposentado Ronnie Lessa.

Após a revelação do teor do depoimento do porteiro, feita pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, as promotoras do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) responsáveis pelo caso fizeram uma coletiva de imprensa desqualificando as declarações.

Segundo elas, áudios – tornados públicos pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente – mostravam que Ronnie era quem tinha autorizado a entrada de Élcio. Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou, no entanto, que o MP ignorou, na perícia que justificou o posicionamento das promotoras, a possibilidade de que algum arquivo tivesse sido editado ou apagado. Os peritos, aliás, não teriam tido acesso aos computadores que registraram os áudios.

A própria reportagem ressalta que Bolsonaro estava em Brasília no dia em que Marielle foi morta e que ele registrou presença em votações.

Uma planilha de controle de entradas no condomínio também registrava que o destino de Élcio era a casa de Bolsonaro. A PC recebeu os arquivos registrados em janeiro, fevereiro e março de 2018 no último dia 7 de outubro, mesmo dia da oitiva do porteiro. Dois dias antes, os agentes fizeram busca e apreensão no Vivendas.

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