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Para Nelson Jobim, impugnação da candidatura de Lula é quase certa

Ex-ministro considera possibilidade de o Supremo conceder uma liminar ao partido com o objetivo de garantir o registro pela Justiça

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
julgamento de Lula no TRE4 – reunião PT
1 de 1 julgamento de Lula no TRE4 – reunião PT - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-ministro Nelson Jobim disse, nesta sexta-feira (11/5), que o PT poderá registrar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato ao Planalto, mesmo com o petista preso e condenado em segunda instância.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar o pedido entre 15 e 30 de agosto. Ele avalia como “quase certa” a impugnação da candidatura de Lula pela Justiça Eleitoral, pela regra de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa.

Jobim afasta a possibilidade de o PT ser impedido de registrar a candidatura de Lula no TSE. “Para não analisar, você precisa ter recebido. É impossível não poder protocolar.” Ele ainda considera a possibilidade de o Supremo conceder uma liminar ao partido com o objetivo de garantir o registro de Lula pela Justiça.

Ex-ministro dos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula, Jobim considera três possibilidades ao PT, na corrida pela eleição presidencial, defendidas por diferentes correntes no partido: indicar um substituto para Lula após a impugnação da candidatura; indicar um candidato a vice, herdeiro dos votos do ex-presidente; ou ainda se coligar com Ciro Gomes (PDT). Questionado sobre qual das três possibilidades ele considera mais provável, Jobim disse não apostar em nada.

Os nomes cogitados à vice, mencionou, são o ex-ministro Jaques Wagner, o ex-prefeito Fernando Haddad, o ex-chanceler Celso Amorim e o deputado federal Patrus Ananias (MG).

Segundo turno
Nelson Jobim considera cedo apontar quais dos candidatos têm potencial de chegar no segundo turno da eleição presidencial. Lembrando de pesquisas eleitorais, ele afirmou haver risco de polarização entre o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e um candidato do campo da esquerda.

“Se mantiver a proliferação dos candidatos de centro, e o Bolsonaro e a esquerda mantiverem as intenções de voto, o que poderá haver, e aí é uma complicação, é a polarização do segundo turno entre Bolsonaro e algum da esquerda.”

A segurança pública deve ser um dos principais temas com apelo eleitoral, observou. A economia, por outro lado, não tende a ser relevante na decisão dos eleitores sobre quem votar para presidente. De acordo com Nelson Jobim, a política econômica adotada pelo presidente Michel Temer está no caminho correto, mas não dá força eleitoral a um presidenciável. “A economia vai pouco importar nessa eleição. Melhorou para o andar de cima, mas o andar de baixo continua com desemprego, juros altos e com dificuldades de consumo”, comentou.

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