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Mourão: mudança de comandantes foi abrupta, mas “dentro do previsto”

Vice disse que presidente da República tem a prerrogativa de mudar o comando das Forças Armadas e defendeu que escolha respeite antiguidade

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Hugo Barreto/Metrópoles
Mourão após vacina contra a Covid – Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Mourão após vacina contra a Covid – Foto: Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta quarta-feira (31/3) que a mudança nos comandos das Forças Armadas foi abrupta, mas “dentro do previsto”.

“Essa aí foi uma mudança mais abrupta, mas está dentro do previsto, vamos dizer assim. Os comandantes não têm mandato”, disse o Mourão, ao chegar em seu gabinete no Palácio do Planalto.

“Olha, o presidente tem a prerrogativa, né? Mudar ministro, comandante de Força também. Não é problema isso aí. Qualquer um que assumir o comando das Forças vai manter a mesma forma de atuar”, pontuou.

“As Forças Armadas atuam dentro de um tripé, que é a legalidade, ou seja, atentas à missão constitucional e àquelas que são dadas pelas leis complementares, dentro da legitimidade que as Forças Armadas têm. Porque a nação, há muito tempo, decidiu que tinha que ter Forças Armadas, sempre dentro da estabilidade. Ou seja, dentro dos seus princípios e valores. Então, não muda nada”, prosseguiu.

O general disse não ter participado da decisão e afirmou desconhecer a motivação para o pedido de saída dos comandantes.

“Eu não conversei com ninguém. Eu procurei me manter fora disso aí. Eu sou um oficial da reserva e já comentei: aprendi com meu pai que, quando você passa para a reserva, a bola tá com os que tão na ativa. Então, nós da reserva, a única coisa que a gente pergunta é quando vai ter aumento.”

Os comandantes da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Antonio Carlos Bermudez; do Exército, general Edson Pujol; e da Marinha, almirante Ilques Barbosa, foram informados sobre a demissão em uma reunião na terça-feira (30/3) com o novo ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu demitir os comandantes, após eles terem anunciado intenção de deixar os postos devido à demissão do então ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva.

Bolsonaro nomeou Bermudez, Pujol e Ilques, ao tomar posse como presidente da República, em 2019. Os substitutos ainda não foram anunciados.

Substitutos

Sobre a escolha dos próximos nomes para assumir os comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, Mourão ressaltou é necessário respeitar o princípio da antiguidade.

“Eu julgo que a escolha tem que ser feita dentro do princípio da antiguidade, até porque foi uma substituição que não era prevista. Quando é uma substituição prevista é distinta. Então, acho que escolhe dentro da antiguidade e segue o baile.”

O alto comando das Forças Armadas discute lista tríplice para indicação ao presidente Bolsonaro de possíveis nomes para os postos. O vice não citou nomes dos cotados.

Saída do ministro da Defesa

Sobre a saída do general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa, Mourão ponderou que o substituto, general Braga Netto, tem plena capacidade de assumir a pasta.

“O ministro Fernando é um amigo que eu tenho aí desde os tempos de colégio militar, é uma pessoa sensata, esclarecida, tem a sua liderança, mas o ministro Braga Netto também é um camarada provado, testado. O Braga Netto, ao longo dos últimos anos, foi responsável pela participação do Exército nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro. Depois, ele teve uma missão difícil, que foi a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro. Então, ele tem pleno conhecimento e capacidade para substituir o ministro Fernando.”

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