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Após comandantes se demitirem, veja nomes cotados para Forças Armadas

Crise começou com a demissão do ministro da Defesa, Azevedo e Silva. Depois, com a saída dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
ministério da defesa
1 de 1 ministério da defesa - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Com as Forças Armadas sem comando, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) busca nomes para assumirem duas missões: estancar a crise na área e angariar mais apoio dos militares ao governo.

Nos bastidores, dois oficiais despontam como os possíveis novos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica – pela primeira vez na história, chefes dos ministérios saem ao mesmo tempo, pelo mesmo motivo: a discordância com o presidente da República. Contudo, ninguém foi oficializado ainda.

Os cotados para assumir as Forças Armadas:

Exército

  • Comandante militar do Nordeste, general Marco Freire Gomes.
  • Comandante de Operações Terrestres, general José Luiz Freitas.

Marinha

  • Secretário-geral do Ministério da Defesa, almirante Garnier Santos.
  • Ministro do Superior Tribunal Militar (STM), almirante Leonardo Puntel.

Aeronáutica

  • Comandante-Geral de Apoio (Logística) da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior.

O alto comando das Forças Armadas discute lista tríplice para trocas. Possíveis indicações de comandantes ocorrem em meio à crise militar com o governo, desencadeada pela demissão do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva.

Apesar do rito tradicional, o presidente não é obrigado a escolher um dos indicados. Para assumir o controle de uma das Forças Armadas, contudo, o militar precisa obrigatoriamente seguir alguns critérios.

O entendimento é que o comandante de uma força não pode ter mais tempo de carreira ou ter postos e graduações superiores ao ministro. Isso ocorre quando o titular da pasta é um militar. Até 2018, quando civis assumiam a chefia da Defesa, essa discussão não existia.

A nomeação do general Freire Gomes, por exemplo, enfrenta resistência. Há seis generais quatro estrelas, mais antigos que ele, na hierarquia militar.

Os ministros palacianos militares tentam convencer o chefe do Palácio do Planalto a escolher outro nome. Partiu dele a iniciativa de “reforma” nas Forças Armadas. O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, foi indicado como chefe da Defesa.

No Exército, 14 generais quatro estrelas são responsáveis pela escolha da lista tríplice. Na Marinha, sete almirantes. Na Aeronáutica, sete brigadeiros do ar.

Busca de apoio

A relação do presidente da República com as Forças Armadas vive um momento de tensão. Pressionado politicamente, Bolsonaro tem se fechado, cada vez mais, em frases de efeito envolvendo os militares. Com o desgaste do governo, o mandatário do país tem exigido mais apoio público das Forças Armadas.

Essa seria uma forma de angariar apreço popular. Bolsonaro chegou a usar frases citando militares, contra critérios de isolamento social impostos por governadores. A medida sanitária é uma das principais no enfrentamento à propagação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Pedidos de demissão

Após articulações internas e uma série de reuniões, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica decidiram, nesta terça-feira (30/3), deixar os cargos.

Os titulares do Exército, general Edson Pujol; da Marinha, almirante Ilques Barbosa Junior; e da Aeronáutica, brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez, reuniram-se com o ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva para comunicar a decisão.

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