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Moro mandou PF interrogar Lula após post de deputado bolsonarista

Na publicação, Lula refere-se a Bolsonaro como “miliciano” e diz que responsáveis pela morte de Marielle estão no poder

atualizado

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1 de 1 Lula-depoimento1 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O interrogatório realizado pela Polícia Federal com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última quarta-feira (19/02/2020), ocorreu a pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que mandou instaurar o procedimento com base em uma postagem feita pelo deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR).

A publicação foi feita pelo parlamentar em seu perfil do Facebook no dia 22 de novembro de 2019, duas semanas depois de o petista deixar a prisão.

Em despacho encaminhado ao diretor da Polícia Federal, ao qual o Metrópoles teve acesso, Moro incluiu o link da postagem na qual, em vídeo, Lula cita as manifestações que ocorreram no Equador e no Chile, e conclama as pessoas para lutar no Brasil. Na sequência, ele refere-se ao presidente Jair Bolsonaro como “miliciano”.

Lula ainda diz ser impossível ter no poder no Brasil “responsáveis pela morte de Marielle”, referindo-se ao atentado ocorrido no centro do Rio de Janeiro, em março de 2017, que vitimou a vereadora do PSol Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.

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“Aqui no Brasil, nós vamos ter que levantar a cabeça e lutar porque não é possível um país do tamanho do Brasil ter o desprazer de ter no governo um miliciano responsável direto pela violência contra o povo pobre, responsáveis pela morte de Marielle e responsáveis pelo impeachment da Dilma, responsável por mentirem a meu respeito e vocês podem ficar certos que estaremos juntos nesta luta”, diz Lula no vídeo.

O deputado, ao postar a gravação, aponta Lula divulgando “fake news” sobre o presidente. “O CONDENADO Lula continua por ai incitando a violência e divulgando FAKE NEWS sobre Bolsonaro”, destaca.

O depoimento ocorreu em uma unidade da Polícia Federal no Aeroporto de Brasília e foi revelado pelos deputados Gleisi Hoffmann (PR) e Paulo Pimenta (RS), que acompanhavam Lula. A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça e da Segurança Pública confirmou que a apuração foi pedida pelo ministro.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública requisitou a apuração contra Lula, assim que ele deixou a prisão, para investigar possível crime contra a honra do Presidente da República. Lula disse, à época, que Bolsonaro era chefe de milícia. Podem ter sido praticados os crimes do art. 138 do CP ou do art. 26 da Lei de Segurança Nacional”, afirma o comunicado oficial da pasta.

Já a Polícia Federal, no final da tarde de quarta-feira (19/02/2020), emitiu uma nota afirmando que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, “não solicitou, orientou ou determinou” que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse investigado por suposto crime enquadrado na Lei de Segurança Nacional.

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