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Moro diz que “ninguém sério” questiona palavra final da Suprema Corte

O ex-juiz usou o modelo político dos Estados Unidos para defender as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF)

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Sérgio Moro
1 de 1 Sérgio Moro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmou nesta terça-feira (2/6) que “ninguém sério” questiona o poder da Suprema Corte local para dar a palavra final em questões jurídicas. No Twitter, ele citou como exemplo o modelo político dos Estados Unidos.

“Nos EUA, país que serve de modelo a muitos, casos como Marbury v. Madison, 1803; Brown v. Board of Education, 1954; e US v. Nixon, 1974, estabeleceram o princípio da supremacia da Constituição e a Suprema Corte como intérprete. Ninguém sério questiona o poder dela de dar a palavra final”, escreveu.

A declaração do ex-juiz ocorre em meio à crise entre o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Executivo foi, inclusive, a uma manifestação no fim de semana que pedia o fechamento da Corte.

Os manifestantes fizeram grande carreata ao longo do Eixo Monumental, passando em frente à Catedral de Brasília e pelo Museu da República. “Ôôô… eu sou conservador, eu sou conservador”, cantavam. Grande parte vestia verde e amarelo. “Supremo é o povo. Supremo é o povo”, declarava uma das participantes em carro de som.

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Aliados de Bolsonaro foram alvo de inquérito instaurado pelo STF para apurar a divulgação de fake news (notícias falsas). Entre eles, estão as deputadas Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP), além da coordenadora do acampamento 300 do Brasil, Sara Winter. Desde então, a Suprema Corte tem recebido ataques mais recorrentes e mais violentos.

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