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Mandetta diz que Brasil sempre esteve atrás em relação ao coronavírus

Ex-ministro da Saúde afirmou que o país nunca fez lockdown e que realizou fechamentos pontuais para evitar que a situação piorasse

atualizado

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Jefferson Rudy/Agência Senado
Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do ex-ministro de Estado da Saúde Luiz Henrique Mandetta
1 de 1 Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do ex-ministro de Estado da Saúde Luiz Henrique Mandetta - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou, nesta terça-feira (4/5), que o Brasil sempre esteve atrás em relação à Covid-19. Durante o pronunciamento, ele defendeu que as medidas de isolamento foram adotadas pontualmente, para evitar que a situação piorasse, e destacou que o novo coronavírus não “negocia com ninguém, se impõe”.

“Brasil nunca fez nenhum lockdown. O Brasil adotou medidas depois do leite derramado. Vai entrar em colapso o sistema de saúde, então fecha. Vai acabar medicamento, então fecha. Sempre demos passos atrás com esse vírus”, declarou Mandetta à CPI da Covid-19.

“Esse vírus não negocia nada com ninguém. Com microempresários ou grande, pobre ou rico, torcedores do Bolsonaro ou do Lula, do Corinthians ou do Palmeiras. Ele é fato. Ponto. Está aí e vai pegar carona, é só dar mole para ele. Para quem quer jogar a favor, está aqui a cartilha. Para quem quer jogar contra, está aqui a cartilha”, acrescentou.

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Mandetta era ministro da Saúde quando a pandemia da Covid-19 chegou ao país. Ele foi demitido em abril do ano passado, após divergir do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o modo de conduzir a crise do coronavírus no país.

Desde o início, ele se mostrou contrário ao tratamento precoce contra a Covid-19, amplamente defendido pelo chefe do Executivo federal, e favorável a um lockdown nacional para conter a disseminação do vírus.

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia da Covid-19 – em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio –, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

Dinâmica dos trabalhos

A sessão da CPI teve início por volta das 10h20. O primeiro a depor foi Mandetta, que estava à frente da Saúde quando a pandemia chegou ao Brasil.

Internamente, parlamentares da oposição demonstraram grande expectativa com a fala de Mandetta. Os congressistas querem saber se eventuais erros cometidos no início do enfrentamento da crise sanitária acarretaram a explosão de casos registrados no país no último ano, com a situação agravada em 2021.

Às 14h, estava previsto o depoimento de Nelson Teich. O ex-ministro da Saúde ficou no cargo menos de um mês, também por discordar do presidente Bolsonaro sobre o uso de protocolo sem comprovação científica para tratar a doença. “Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina”, disse Teich, ao se despedir da pasta.

O colegiado ainda não confirmou se o depoimento será feito ainda nesta terça-feira ou se será remarcado.

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