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Líder do governo quer novo acordo com oposição em votação do parecer

Major Vitor Hugo (PSL-GO) afirma que o governo trabalha para garantir que não haja obstrução durante análise do parecer

atualizado

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agênciia Brasil
Vitor Hugo, líder do PSL
1 de 1 Vitor Hugo, líder do PSL - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agênciia Brasil

O líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que vai propor um novo acordo com a oposição para evitar a obstrução do bloco durante a votação do parecer da reforma da Previdência na comissão especial da Casa.

Em vez de usar o kit obstrução previsto no regimento interno, o novo procedimento que deve ser proposto pelo líder seria para que todas as votações sejam nominais. Segundo Vitor Hugo, a medida demoraria mais, mas o tempo seria “melhor gasto”.

“A gente vai tentar construir um novo acordo, porque uma possibilidade é a gente conceder que todas as votações sejam nominais. Isso toma mais tempo, mas dá para cada um marcar suas posições”, afirmou. Para o líder, o acordo seria “bom para todo mundo”.

O objetivo é dar celeridade à tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 6/2019 e seguir o cronograma proposto pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e colocar o parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) para votação já na terça-feira da próxima semana (25/06/2019).

Este seria o segundo acordo com a oposição nas últimas semanas. Para evitar que ela obstruísse também a leitura do relatório e a fase de debate, o governo cedeu em alguns pontos: não apresentaria  requerimento de encerramento de discussão, ao passo que os parlamentares contrários à reforma não atrasassem os trabalhos do colegiado.

Capitalização
O governo quer apresentar um destaque e ir atrás de votos para voltar com a capitalização, um dos principais pontos defendidos pelo governo. Segundo Vitor Hugo, como na proposta original enviada pelo governo só há uma chamada para a capitalização, há espaço para conseguir a maioria dos deputados.

“Temos espaço para convencimento ainda, porque a capitalização chegaria como projeto de lei, que também seria decidido pelo Parlamento. Teria a palavra final”, explicou.

Questionado se o governo já tem maioria na comissão para aprovar a reforma, o deputado contou que já está ligando para as lideranças, principalmente dos partidos que se dizem “independentes”, para garantir um posicionamento favorável à PEC. “Não tenho um número final, mas até agora tem sido positivo”, pontuou.

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