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Léo Índio, primo dos filhos de Bolsonaro, é investigado pela PGR

Inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República apura a organização e o financiamento dos atos de 7 de setembro e ataques ao STF

atualizado

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1 de 1 leo indio bolsonaro - Foto: Reprodução Facebook

Primo dos filhos de Jair Bolsonaro (sem partido), Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido pelo apelido de Léo Índio, é um dos investigados no inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar a organização e financiamento das manifestações de 7 de setembro e os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo o jornal, dias antes dos atos, em 31 de agosto, a subprocuradora-geral Lindôra Araújo pediu ao ministro do STF Alexandre de Moraes que autorizasse a tomada de depoimento de Índio.

Moraes acatou o pedido e também ordenou ao Facebook, Instagram, Twitter e Youtube o bloqueio das contas e chaves Pix divulgadas por ele para arrecadar valores a serem utilizados no financiamento das manifestações.

No pedido, a PGR afirma que, ao lado do caminhoneiro bolsonarista conhecido Zé Trovão, Índio atuou na divulgação de mensagens antidemocráticas.

“O quadro probatório demonstra a atuação de Marcos Gomes (Zé Trovão) e Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Leo Índio, na divulgação de mensagens, agressões e ameaças contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições que, na conclusão da Procuradoria-Geral da República, é mais do que suficiente para justificar as medidas cautelares”, diz trecho do pedido.

Léo Índio entrou na mira da investigação após postar em suas redes sociais uma campanha de arrecadação de dinheiro para financiar as manifestações do 7 de setembro.

Nos dias que antecederam os atos, Índio divulgou em sua conta no Instagram várias chaves Pix para arrecadação de valores. Ele também divulgou um QR Code para doações por meio de criptomoedas. Todos acabaram bloqueados por ordem de Moraes.

Primo de Flávio, Carlos e Eduardo em razão do parentesco com a primeira esposa de Bolsonaro, Rogéria, Léo Índio se mudou para Brasília no início do governo e ocupou alguns cargos comissionados no Congresso.

Recentemente ele se filiou ao PL, a convite do senador Jorginho Mello (SC), que tem se destacado como membro da tropa de choque do governo na CPI da Covid-19 no Senado. Os planos eleitorais do sobrinho do presidente ainda não foram divulgados, mas ele disse, em postagem no Instagram, que se coloca “à disposição para trabalhar pelo nosso Brasil”.

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