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Governadores dão ultimato ao governo federal por vacina contra Covid-19

Pelo menos quatro chefes dos Executivos estaduais disseram que não é possível esperar até março para se iniciar a aplicação do imunizante

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Eduardo Pazuello, ministro da Saúde
1 de 1 Eduardo Pazuello, ministro da Saúde - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em reunião com integrantes do governo, entre eles, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (foto em destaque), governadores de todo país pressionam por um urgente plano nacional de vacinação.

Ao chegar ao Palácio do Planalto, na manhã desta terça-feira (8/12), governadores de pelo menos quatro estados disseram que não é possível esperar até março para se iniciar a aplicação do imunizante, como previsto no plano apresentado pelo governo federal na semana passada.

“Se nos países da Europa estão começando agora, iniciar até março não tem justificativa”, disse Gladson Cameli, governador do Acre, ao chegar ao Planalto.

“Estou procurando todos os meios. Estou procurando os órgãos de controle. O que eu não posso é esperar uma semana a mais para essa vacina chegar”, disse o governador, que terá uma reunião na quarta-feira com o Instituto Butantan, em São Paulo, para também tentar viabilizar a compra da Coronavac, assim que for autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Não é uma questão de quem é o fabricante. A Anvisa autorizou e a população está precisando, nós vamos, sim, comprar, para que a gente consiga amenizar essa situação o mais rápido possível”, disse Cameli, que evitou entrar na briga política sobre a questão da vacina.

 

Entre os governadores que foram ao Planalto estão Wellington Dias (PT), do Piauí; Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte; Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco; Gladson Cameli (PP), do Acre; Helder Barbalho (MDB), do Pará; e Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás.

Eles se manifestaram no sentido de sair da reunião já com um cronograma de vacinação.

“Nós estamos defendendo um agendamento. Temos que ter um cronograma de entrega de vacina e a Anvisa já aprovou um sistema que garante as condições de autorização emergencial”, disse Dias, ao chegar ao Planalto. “A posição dos governadores do Brasil é muito clara. E em favor da vida”, completou.

“A expectativa dos governadores é de que a gente saia daqui com definições concretas, com calendário, com vacinas seguras e suficientes para que a gente inicie, o mais rápido possível, o processo de vacinação do nosso povo”, disse Fátima Bezerra.

 

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O governo federal anunciou, na segunda-feira (7/12), que deve assinar nesta semana o memorando de intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer e pela BioNTech.

Até então, o único acordo que o governo tinha era com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca, para a compra de 100 milhões de doses.

Coronavac

Enquanto o governo não disponibiliza as doses do imunizante, os governadores, paralelamente, já negociam com o Instituto Butantan a possibilidade de compra da Coronavac.

“Já mantive contato com o governador João Doria e estamos em tratativas com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, para aquisição da Coronavac. Nem que eu tenha que sair contando moedas, nós não vamos economizar esforços para garantir a vacinação”, destacou Fátima Bezerra.

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