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“Eu me recolhi”, diz Bolsonaro sobre protestos em frente a quartéis

Em última live do mandato, Bolsonaro disse que não queria “tumultuar” protestos que, segundo ele, foram “pacíficos e ordeiros”

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O presidente Bolsonaro, há dois dias de deixar o cargo, faz live no palácio do Alvorada antes de terminar mandato. Ele fala na biblioteca diante da mesa, ao lado de uma tradutora - Metrópoles
1 de 1 O presidente Bolsonaro, há dois dias de deixar o cargo, faz live no palácio do Alvorada antes de terminar mandato. Ele fala na biblioteca diante da mesa, ao lado de uma tradutora - Metrópoles - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (30/12), durante live, que optou por se “recolher” durante os atos organizados por bolsonaristas em frente a quartéis pelo Brasil, em protesto ao resultado das eleições presidenciais, que tiveram como vitorioso Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Após dois meses sem realizar as tradicionais lives semanais e com a agenda reclusa, Bolsonaro fez uma transmissão nas redes para fazer um balanço de sua gestão. Desde que foi derrotado nas eleições deste ano, ele adotou uma agenda reclusa, com poucos compromissos oficiais e raras aparições públicas.

Nesta sexta, em sua última live do mandato, Bolsonaro disse que a escolha de permanecer em silêncio teve o objetivo de “não tumultuar”. Entretanto, negou que tenha incentivado os atos que, segundo ele, “não havia ninguém coordenando”.

“Uma massa de pessoas às ruas, protestando desde o dia seguinte ao resultado das eleições. E essa massa foi para os quartéis. Eu não participei desse movimento. Eu me recolhi. Eu acreditava e acredito ainda que fiz a coisa certa de não falar sobre o assunto para não tumultuar mais ainda”, disse.

“A imprensa sempre ávida pra pegar uma palavra errada minha ou frase fora de contexto para criticar. O que aconteceu pelo Brasil foi uma manifestação do povo, que não tinha liderança. Não tinha ninguém coodernando e dizendo que é líder do movimento. Protesto pacífico e ordeiro, e seguindo a lei”, acrescentou Bolsonaro.

Veja a íntegra da live do presidente:

Desmobilização de acampamento no DF

Nessa quinta-feira (29/12), o Exército informou que decidiu adiar a operação que desmobilizaria o acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-General da Força, no Setor Militar Urbano, em Brasília. A desmobilização foi acordada com o governo do Distrito Federal.

Em nota, os militares disseram que a razão do adiamento foi para preservar a segurança dos envolvidos.

“[O Exército] prosseguiu com os trabalhos para a retirada de estruturas em desuso no acampamento de manifestantes no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília (DF). A atividade foi conduzida em coordenação com os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), mas foi suspensa no intuito de manter a ordem e a segurança de todos os envolvidos”, disse o Exército.

Oposição ao governo Lula

Durante a transmissão, Bolsonaro também não comentou a passagem da faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assume seu terceiro mandato à frente da Presidência da República no próximo domingo (1º/1).

Bolsonaro, no entanto, disse que o governo de Lula já começa “capenga”, e que não não deixará de fazer oposição à nova gestão. Ele ainda afirmou que o “mundo não vai acabar no dia 1º de janeiro”, dia em que tem início o governo Lula.

“O quadro que está na frente agora, a partir de 1º de janeiro, não é bom. Não é por isso que nós vamos jogar a toalha, deixar de fazer oposição, deixar de criticar, deixar de conversar com os seus vizinhos, agora com muito mais propriedade, com muito mais conhecimento”, disse Bolsonaro.

“Não vamos achar que o mundo vai acabar dia 1º de janeiro e vamos para o tudo ou nada. Não tem tudo ou nada. Inteligência. Vamos mostrar que somos diferentes do outro lado”, acrescentou.

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