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De aliados a críticos, Ciro Gomes e Marina Silva atacam PT

Os dois participaran de um seminário que debateu os resultados dos 100 primeiros dias de gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL)

atualizado

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JP Rodrigues/Metrópoles
Ciro Gomes e Marina Silva em seminário que debateu os resultados dos 100 primeiros dias de gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na sede do Interlegi
1 de 1 Ciro Gomes e Marina Silva em seminário que debateu os resultados dos 100 primeiros dias de gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na sede do Interlegi - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Ex-ministros do Partido dos Trabalhadores (PT), os ex-presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) criticaram a sigla na manhã desta terça-feira (23/04/2019) durante encontro em Brasília. Os dois políticos estiveram no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e depois se tornaram opositores.

Participantes de um seminário que debateu os resultados dos 100 primeiros dias de gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na sede do Interlegis — programa de modernização e integração do Poder Legislativo —, em Brasília, Ciro e Marina pontuaram falhas no partido. Os dois defendem uma reorganização política da oposição que não seja ligada ao PT.

O ex-ministro disse que o único foco da sigla agora é a liberdade de Lula. “Ou se entende (nova costura política) ou a gente vai continuar assim. Lula está na cadeia, babaca”, atacou.

Ciro ironizou a aliança que ele e Marina tiveram com o PT. “Nós passamos de heróis a bandidos”, provocou. O ex-presidenciável foi ministro da Integração Nacional e Marina chefiou o Meio Ambiente no governo de Lula.

Marina, citando nominalmente o PT, reclamou de siglas que não fazem mea-culpa. “O partido não reconhece erros. Diz que não houve corrupção, que não houve crimes. Nenhuma autocrítica aos erros gravíssimos. O PT foi uma espécie de chocadeira desse governo (Bolsonaro)”, pontou.

Ela ainda disse que avanços não apagam equívocos. “Os governos tiveram avanços sociais, nos direitos humanos, na educação. Mas tiveram falhas, sobretudo éticas”, resumiu.

Ciro comentou sobre um possível apoio à sigla. Ele participou das campanhas de Dilma Rousseff em 2010 e em 2014. “Já em 2010 estava pelas tampas. Agora, nunca mais”, explicou, ao ser questionado se ele e Marina não deveriam ter se aliado ao candidato do PT no ano passado, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, para impedir a eleição de Bolsonaro.

Ao responder uma pergunta sobre a reforma da Previdência, Ciro subiu o tom contra apoiadores do PT. “Sistema de capitalização não significa privatização, antes que algum petista louco venha falar…”, disparou, arrancando gargalhadas da plateia.

De aliados do partido a críticos, Marina chegou a apoiar o impeachment de Dilma. A bancada do Ceará, capitaneada por Ciro, deu dois terços de votos contrários à retirada da petista.

Ciro explicou o que o levou a não retirar sua candidatura em 2018. Em 2006, 2010 e 2014 ele desistiu de concorrer e apoiou o PT. “Mais uma vez eu iria ter que me aliar a merda que o PT escolhesse e me manifestasse somente se eles me permitissem? Eu não”, detalhou.

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