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CPI: diretora diz desconhecer relação da Precisa com Ricardo Barros

Líder do governo na Câmara é o autor da emenda parlamentar que possibilitou a importação do imunizante produzido pela Bharat Biotech

atualizado

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Pedro França/Agência Senado
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1 de 1 diretora-precisa - Foto: Pedro França/Agência Senado

A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, afirmou, nesta quarta-feira (14/7), desconhecer “qualquer relação” entre a empresa que representa e o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) — pivô das supostas irregularidades envolvendo a aquisição da vacina indianas Covaxin.

A diretora foi provocada pelos senadores sobre a relação entre Barros e o sócio da empresa Francisco Maximiano. O deputado é o autor da emenda parlamentar que possibilitou a importação do imunizante produzido pela Bharat Biotech.

Medrades disse “desconhecer qualquer relação” entre as partes. “Eu desconheço qualquer relação e gostaria só de complementar o que acabei de falar: não me referi ao presidente Omar Aziz de uma forma negativa, muito pelo contrário. Admiro o trabalho que vem sendo feito aqui, e acho que tem que ir atrás para tentar entender o que houve e o que não houve de irregularidade”, defendeu.

Aziz e outras bancadas parlamentares são responsáveis pela autoria de emendas que permitiram a importação de outros imunizantes contra o novo coronavírus no Senado Federal. Barros, por sua vez, apresentou uma emenda específica para permitir importar doses da Covaxin.

Trata-se da Emenda nº 117/2021 à Medida Provisória nº 1.026/2021, apresentada em fevereiro deste ano. A MP dava “autorização para a importação e distribuição de quaisquer vacinas” e medicamentos não registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), contanto que fossem aprovados por autoridades sanitárias de outros países.

Medrades relativizou a emenda apresentada pelo líder do governo. “O fato de ter sido inserida emenda coletiva ou individual por outro parlamentar nada significa”, enfatizou.

No entanto, foi exclusivamente por meio da emenda de Barros que a Central Drugs Standard Control Organization (CDSCO), da Índia, foi incluída na lista de agências habilitadas. O aval à Covaxin foi dado pela CDSCO.

Ricardo Barros alega que o Palácio do Planalto não interferiu no assunto e que a inclusão do órgão de saúde da Índia também foi motivo de emendas dos deputados Orlando Silva e Renildo Calheiros, ambos do PCdoB.

O deputado Luis Miranda (DEM-DF), durante depoimento na CPI da Covid, indicou o líder do governo na Câmara como envolvido em irregularidades na compra da Covaxin.

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Blindada por uma habeas corpus, Emanuela se negou a responder às perguntas no depoimento de terça-feira (13/7). A CPI, então, questionou o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os limites do HC e, ao receber a informação da Corte que caberia à comissão defini-los, retomou a sessão na noite da terça, mas a diretora pediu adiamento de 12 horas, alegando estar “exausta”.

O objetivo da convocação dos representantes da Precisa é investigar e esclarecer detalhes do potencial beneficiamento da Bharat Biotech e da empresa intermediária no processo de aquisição de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

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