metropoles.com

CIDH acata denúncia de que Bolsonaro insultou vítimas da ditadura

Para parlamentares e entidades, o presidente descumpriu sentença ao homenagear e receber um dos chefes da repressão no Palácio do Planalto

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Instagram
Bolsonaro recebe Major Curió
1 de 1 Bolsonaro recebe Major Curió - Foto: Reprodução/Instagram

A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) acolheu a denúncia apresentada pela bancada do PSol na Câmara, pelo Instituto Vladmir Herzog e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política contra o governo Bolsonaro, que acusa o presidente de violar as disposições da sentença que condenou o Brasil, por violações de Direitos Humanos, no caso da Guerrilha do Araguaia.

Na resposta, assinada pelo secretário-executivo Pablo Saavedra Alessandri, a CIDH informa que a denúncia será incluída como amicus curiae (interessada na causa) no Caso Gomes Lund e que o governo brasileiro será comunicado.

Nesta ação, o Brasil foi condenado por unanimidade. Agora, a denúncia protocolada no dia 7 de maio solicita que o Brasil seja convocado a uma audiência de supervisão de cumprimento de sentença e que a Corte emita uma nova resolução para supervisionar o país nessa questão.

Nesta audiência, o país terá que explicar os motivos de o presidente Jair Bolsonaro ter recebido, no dia 4 de maio, no Palácio do Planalto, o militar Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o coronel Curió, um dos chefes da repressão à Guerrilha do Araguaia, nos anos 1970. Bolsonaro publicou nas redes sociais oficiais do governo homenagem ao coronel.

Para parlamentares do PSol e entidades que assinam a denúncia, ao receber Curió o governo Bolsonaro promove desinformação e insulta “a memória das vítimas do caso Gomes Lund e outros e de todas as pessoas desaparecidas, mortas e torturadas pela ditadura brasileira”.

Além disso, eles ainda acusam o governo federal de promover “novas violações ao direito à verdade ao difundir informações falsas sobre o ocorrido contra a Guerrilha do Araguaia e na ditadura em geral”.

Curió é ex-oficial do Centro de Informações do Exército (CIE) e ex-agente Serviço Nacional de Informações do extinto (SNI). Em 2009, o jornal O Estado de S. Paulo revelou arquivos guardados por ele que indicaram 41 pessoas mortas pelas Forças Armadas, que já estavam presos e amarrados. Durante o conflito, 67 opositores à ditadura militar foram morto.

Veja a carta:

Resposta denúncia CIDH by Metropoles on Scribd

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?