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Câmara pede que deputados retirem “placas políticas” dos gabinetes

De um lado, parlamentares afixaram cartazes contrários a Moro e em homenagem à Marielle Franco. Do outro, pró-Bolsonaro e Lava Jato

atualizado

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Natália Lázaro/Metrópoles
Placas
1 de 1 Placas - Foto: Natália Lázaro/Metrópoles

A Câmara dos Deputados notificou 13 parlamentares para que retirassem placas das portas de seus gabinetes. O motivo é que os deputados começaram a usar os cartazes como forma de transmitir mensagens políticas, e a Diretoria-Geral da Casa entendeu que isso pode gerar conflitos entre partidos rivais.

Os textos, por exemplo, de um lado exaltam o presidente Jair Bolsonaro e a Operação Lava Jato; do outro, pedem Lula Livre e homenageiam a ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSol), assassinada em 2018, com o motorista, Anderson Gomes. Segundo a Câmara, os cartazes podem confundir e “colocar em risco as pessoas que circulam nos edifícios da Casa”.

Natália Lázaro/Metrópoles

A reportagem do Metrópoles percorreu os corredores da Câmara, nesta sexta-feira (28/06/2019), mas só encontrou placas contrárias ao ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, e em memória de Marielle Franco. A hipótese é que, após a notificação, os parlamentares tenham retirado as outras placas das portas.

Segundo a assessora da deputada Áurea Carolina (PSol-MG) Mara Karina, o partido colocou as placas (foto em destaque) em fevereiro, como forma de cobrar o andamento das investigações. Além de Áurea, outros deputados do PSol seguem resistentes a tirar as placas, como Sâmia Bonfim (SP) e Marcelo Freixo (RJ).

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