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Bolsonaro: “Não admito dinheiro público em filme da Bruna Surfistinha”

O capitão da reserva destacou que a sua administração busca reavivar o que chamou de “valores da família”

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Bolsonaro e os 200 dias
1 de 1 Bolsonaro e os 200 dias - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a criticar os seus antecessores no evento que marcou os 200 primeiros dias do seu governo. Segundo ele, houve uma mudança de paradigmas com a sua chegada ao poder. O capitão da reserva destacou que a sua administração busca reavivar o que chamou de “valores da família”, que teriam sido ignorados ao longo das últimas gestões.

“Com o Osmar Terra [ministro da Cidadania] fomos a um canto e nos acertamos. Eu não posso admitir que com o dinheiro público se faça um filme como Bruna Surfistinha. Não temos problema com essa opção ou aquela. O ativismo que não podemos permitir, em respeito com as famílias”, disse.

Uma peça de teatro que aborda a vida da ex-garota de programa e escritora conhecida como “Bruna Surfistinha” captou, em 2010, aproximadamente R$ 2 milhões pela Lei Rouanet.

Nesta quinta-feira (18/07/2019), Bolsonaro assinou a transferência do Conselho Superior de Cinema, responsável pela política nacional de audiovisual, do Ministério da Cidadania para a Casa Civil. O objetivo é que o Palácio do Planalto tenha mais influência sobre o órgão. Oficialmente, o intuito é “fortalecer a articulação e fomentar políticas públicas necessárias à implantação de empreendimentos estratégicos para a área”.

Corporativismo
O presidente, que iniciou a sua carreira no Exército, negou que, ao estabelecer regras de aposentadoria mais brandas para militares, estaria sendo corporativista. Ele voltou a dizer, no entanto, que as forças armadas são responsáveis pela democracia no Brasil.

“Nós temos uma linha que eu tenho de seguir, foi isso que fez o povo brasileiro confiar em mim. Eu não sou corporativista, mas procuro atender as forças armadas, que são responsáveis pela nossa democracia”, disse. “Quem veio trabalhar comigo sabe da minha posição. Não posso ter um ministro falando favoravelmente ao desarmamento, se a minha linha não é essa. Tenho que defender a linha e as bandeiras que fizeram o povo acreditar em mim”, prosseguiu.

Na sequência, o presidente voltou a criticar os seus antecessores. Segundo ele, em respeito às famílias, proibiu gastos públicos com assuntos e temas que não estejam de acordo com os valores conservadores. “Formamos um time, e esse time entrou em campo. Eu não posso admitir que com dinheiro público se faça filme como da Bruna Surfistinha”, citou.

Acompanhado de vários de seus ministros, entre eles o da Economia, Paulo Guedes, além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) comemorou, na tarde desta quinta-feira (18/07/2019), 200 dias de mandato. Na ocasião, ele apresentou um balanço desses pouco mais de 6 meses de governo.

Todo o governo tentou, durante o evento, ressaltar que o Palácio do Planalto e suas pastas estão cumprindo as promessas de campanha. “Temos mais de 50 entregas já feitas. É só o começo de um governo que está voltado para o seu povo”, afirmou o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o primeiro a falar.

Saque do FGTS
A expectativa inicial do Planalto era oficializar, também nesta tarde, as regras para o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, como a equipe econômica não teve tempo hábil de finalizar o programa, apesar do anúncio, a parte prática da medida ficará para a próxima semana.

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Segundo o ministro Onyx Lorenzoni, os técnicos ainda fazem ajustes na medida provisória que trata do FGTS e do PIS/Pasep. De acordo com ele, a divulgação dos detalhes de quem poderá sacar a verba e quanto deve ser feita entre quarta-feira (24/07/2019) e quinta (25/07/2019), a depender da agenda do presidente Bolsonaro.

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