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Bolsonaristas acionam STF contra Lula após declaração sobre deputados

Onze parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro querem que o petista mantenha distância de 300 metros de deputados e do Congresso

atualizado

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Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Zambelli
1 de 1 Zambelli - Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Um grupo com 11 parlamentares bolsonaristas, encabeçado por Carla Zambelli (PL-SP), protocolou, nesta quarta-feira (6/4), uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por “ameaças à integridade de deputados e parentes deles”. O ministro Ricardo Lewandowski será o relator do caso.

A peça cita que a declaração de Lula – militantes deveriam ir às casas de parlamentares para conversar com as famílias e incomodar a tranquilidade deles – constitui um “ato antidemocrático” e pede ainda que o ex-presidente mantenha distância de 300 metros de qualquer parlamentar, das residências deles e do Congresso Nacional.

“Ou o STF manda prender Lula ou retira a ação contra o deputado Daniel Silveira. Não pode haver dois pesos e duas medidas”, afirmou Carla Zambelli.

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) disse que o ex-presidente Lula “tem que ser responsabilizado pela morte de algum familiar” de deputado e por qualquer “quadrilheiro” que faça o que Lula sugeriu.

Além de Zambelli, assinam a ação os deputados Coronel Tadeu (PL-SP), Capitão Alberto Neto (PL-AM), Chris Tonietto (PL-RJ), Coronel Armando (PL-SC), Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Éder Mauro (PL-PA), General Girão (PL-RN), José Medeiros (PL-MS), Major Fabiana (PL-RJ) e Marcelo Moraes (PL-RS).

Lula sugeriu, na última segunda-feira (4/4), em evento na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que militantes deveriam ir às casas de parlamentares conversar com as famílias e “incomodar a tranquilidade deles”.

Silveira, por sua vez, foi preso, em fevereiro de 2021, após o parlamentar publicar um vídeo com críticas aos ministros do STF e fez apologia ao Ato Institucional n°5 (AI-5). A determinação foi do ministro Alexandre de Moraes, que à época argumentou que o vídeo constituiria “flagrante delito”.

Veja a ação contra Lula:

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