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“Forças Armadas não estão se metendo nas eleições”, diz Bolsonaro

Presidente voltou a dizer que militares foram convidados a participar do processo eleitoral. “Ninguém quer impor nada”, afirmou

atualizado

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Bolsonaro live
1 de 1 Bolsonaro live - Foto: Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, nesta quinta-feira (12/5), que as Forças Armadas “não estão se metendo nas eleições”. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo federal voltou a dizer que os militares foram convidados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para participar do processo de outubro deste ano.

Mais cedo, o presidente da Justiça Eleitoral, ministro Edson Fachin, disse, durante visita à sala do TSE onde estão sendo realizados testes de segurança nas urnas eletrônicas, que quem trata das eleições são as “forças desarmadas”.

Na ocasião, o magistrado comentava a sugestão de Bolsonaro de que as Forças Armadas poderiam fazer uma apuração paralela dos votos no decorrer das eleições de 2022. De acordo com Fachin, a Corte aceita colaborações, mas a palavra final é do TSE.

O presidente da República classificou a declaração do ministro de “descortês”.

“Eu não sei de onde ele [Fachin] está tirando esse fantasma de que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral. As Forças Armadas não estão se metendo nas eleições. Elas foram convidadas. […] Não se refira dessa forma às Forças Armadas. É uma forma bastante descortês de tratar uma instituição que presta, em várias áreas, excelentes serviços ao Brasil”, disse Bolsonaro.

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No ano passado, o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, criou uma comissão de transparência das eleições e convidou os militares a indicarem um representante para participar do colegiado.

Na live, o chefe do Executivo federal disse que Fachin, agora como presidente, tem poder para revogar a medida de Barroso.

“Não estou pedindo para o senhor fazer isso, não. Mas o senhor pode revogar a portaria. Enquanto a portaria estiver em vigor, as Forças Armadas estão convidadas. Não existe interferência. Ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas eletrônicas, atacar a democracia. Nada disso”, afirmou o presidente.

“Ninguém está incorrendo em atos antidemocráticos, pelo amor de Deus, está certo? A transparência das eleições, umas eleições limpas, seguras, transparentes, é questão de segurança nacional. Ninguém quer ter dúvidas”, acrescentou.

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