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Após fala sobre pessoas com deficiências, Ribeiro pede perdão: “Erro de expressão”

Mais cedo, o ministro da Educação afirmou que “há crianças com grau de deficiência que é impossível conviver”

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Ministro da Educação, Milton Ribeiro
1 de 1 Ministro da Educação, Milton Ribeiro - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, usou as redes sociais, nesta quinta-feira (19/8), para pedir “perdão” por uma declaração polêmica sobre pessoas com deficiências. Mais cedo, ele falou que há crianças com “um grau de deficiência que é impossível a convivência”. Logo após a fala viralizar, Ribeiro alegou que “usou palavras não apropriadas” para se expressar.

“Inicio pedindo perdão a todos que sentiram-se ofendidos ou constrangidos com a forma como me expressei em relação aos nossos educandos especiais”, diz o post do ministro.

Segundo Ribeiro, “algumas palavras foram utilizadas de forma não apropriada e não traduzem, adequadamente, o que quis expressar”.

“Minha intenção foi referir-me quanto à dificuldade de desenvolvimento adequado de algumas crianças com deficiências em classes comuns”, justificou o chefe do MEC.

2ª polêmica

A declaração polêmica foi dada durante uma visita ao Recife, dias após ele dizer que estudantes com deficiência atrapalham o aprendizado de outros alunos.

“Nós temos, hoje, 1,3 milhão de crianças com deficiência que estudam nas escolas públicas. Desse total, 12% têm um grau de deficiência que é impossível a convivência. O que o nosso governo fez: em vez de simplesmente jogá-los dentro de uma sala de aula, pelo ‘inclusivismo’, nós estamos criando salas especiais para que essas crianças possam receber o tratamento que merecem e precisam”, afirmou Ribeiro.

A declaração foi alvo de críticas duras.

A afirmação de Milton Ribeiro ocorreu após a reinauguração do Museu do Homem do Nordeste, da Fundação Joaquim Nabuco, na Zona Norte da cidade. O local estava fechado desde o início da pandemia da Covid-19.

Questionado sobre a entrevista transmitida no dia 9 de agosto, no programa Novo Sem Censura, da TV Brasil, ele afirmou que a repercussão dada às frases foi causada por “questões políticas”.

Na fala anterior, Ribeiro disse que, quando uma criança com deficiência é incluída em salas de aula com alunos sem a mesma condição, ocorre o que chamou de “inclusivismo”, em que a criança não aprende e “atrapalha” a aprendizagem das outras.

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