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“Ajude com sugestões, não com críticas”, pede Bolsonaro ao mercado

Presidente conversou com apoiadores e disse que governadores e prefeitos, e não ele, devem ser cobrados por alta no desemprego

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
Discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU 4
1 de 1 Discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU 4 - Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que “vender estatais” é uma “finalidade possível” para sanar os problemas econômicos e sociais enfrentados pelo Brasil. Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada nesta terça-feira (29/9), o chefe do Executivo disse que “estamos todos no mesmo barco” e sinalizou ao mercado.

“Pessoal do mercado também, dou um recado para vocês: se o Brasil for mal, todo mundo vai mal. Aquele ditado ‘Estamos no mesmo barco’ é o mais claro que existe no momento. O Brasil é um só, se começar a dar problema todos sofrem”, avisou o presidente.

E continuou, destacando que o “pessoal do mercado não vai ter também renda”. “Vocês vivem disso, de aplicação. E nós queremos, obviamente, estar de bem com todo mundo, mas eu peço, por favor, ajude com sugestões, não com críticas. Quando tiver que criticar alguém, não é o presidente: é quem destruiu emprego de mais de 20 milhões de pessoas, emprego ou renda”, acusou, referindo-se a prefeitos e governadores que adotaram medidas de isolamento social.

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Bolsonaro disse que tem recebido sugestões de tirar dinheiro de precatórios e vender empresas estatais como forma de levantar dinheiro para enfrentar a crise.

“Vender estatal não é de uma hora para outra: vamos lá vender, mas quem quer comprar? É um processo enorme, você tem que ter um critério para isso. Não pode queimar estatais, tem que vender para uma finalidade”, comentou com apoiadores.

Durante a conversa, o chefe do Executivo repetiu um chavão militar que costuma usar quando precisa fazer uma escolha difícil. “Pior do que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Eu não vou ficar indeciso, o tempo está correndo”.

O presidente se referia ao fim do auxílio emergencial em janeiro de 2021, quando mais de 65 milhões deixarão de receber a ajuda do governo. “Precisamos de alternativa para aproximadamente 20 milhões de pessoas que não vão ter o que comer a partir de janeiro do ano que vem. Esse é o desafio que jogo para a população brasileira”, comentou.

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