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Achei estranhíssimo vazamento da delação neste momento, diz Cardozo

O advogado-geral da União também defendeu que, se for identificada a pessoa que vazou o suposto conteúdo da delação, ela terá que ser punida porque cometeu um crime

atualizado

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Elza Fiúza/Agência Brasil
Ministro da Justiça, Luiz Eduardo Cardozo
1 de 1 Ministro da Justiça, Luiz Eduardo Cardozo - Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, reforçou o coro do governo de que o vazamento de delações premiadas da Operação Lava Jato neste momento tem o objetivo de fragilizar a presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment.

“Achei estranhíssimo o vazamento da delação (da Andrade Gutierrez). Eu não consigo não ver uma associação entre os fatos Alguém vazou ilegalmente, criminalmente, e eu não sei se é verdade aquilo que está lá. Por que fez isso?”, questionou.

Cardozo também defendeu que, se for identificada a pessoa que vazou o suposto conteúdo da delação, ela terá que ser punida porque cometeu um crime.

Na quinta-feira (7/4), Dilma condenou o que chamou de “vazamentos oportunistas e seletivos” do conteúdo das delações e disse que essa situação havia passado dos limites. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, executivos da empreiteira disseram que recursos de propina abasteceram a campanha da presidente em 2010 e 2014.

Relatório
Cardozo afirmou também que convocou uma entrevista coletiva para dar “subsídios” aos parlamentares que vão participar nesta tarde da discussão sobre o relatório pró-impeachment apresentado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

No início da tarde, líderes partidários fecharam acordo e essa sessão de debates deverá terminar até às 3h da madrugada de sábado. Por enquanto, há ao menos 108 inscritos e 25 líderes para se manifestar.

Cardozo voltou a afirmar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), agiu por vingança ao aceitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para ele, o relatório não tratou dessa questão.

Ele também reafirmou que o relatório de Jovair tem equívocos técnicos e jurídicos e que o documento colide com a Constituição Para o advogado-geral da União, o parecer apresentado na última quarta-feira mostra que o impeachment é um processo político, sem base legal.

Cardozo também acusa o deputado de considerar denúncias que não fazem parte do pedido original e que o relatório inclui pontos que haviam sido rejeitados pelo próprio Cunha na denúncia original.

O advogado-geral da União argumenta ainda que Jovair não é claro sobre quais acusações contra Dilma estava levando em consideração quando mencionou a Operação Lava Jato. “Como pode se defender alguém que não sabe do que é acusado?”

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