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À CPI, Queiroga se contradiz sobre não nomeação de Luana Araújo

Ministro da Saúde disse, anteriormente, que a médica não foi efetivada por falta de “validação política” e atribuiu ao Palácio do Planalto

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Marcelo Queiroga_ministro da Saúde_CPI da Covid
1 de 1 Marcelo Queiroga_ministro da Saúde_CPI da Covid - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se contradisse, nesta terça-feira (8/6), sobre a não nomeação da médica Luana Araújo para a Secretaria Extraordinária ao Enfrentamento à Covid-19 e assumiu a responsabilidade.

Queiroga disse que não houve óbice político à nomeação de Luana Araújo, ao contrário do que o ministro afirmou em comissão na Câmara dos Deputados. Na ocasião, disse que ela não passou pela “validação política” e sugeriu que a médica foi barrada pelo Palácio do Planalto.

“Eu entendi que, naquele momento, a despeito da qualidade da doutora Luana, não seria importante a presença dela para contribuir com a harmonização nesse contexto. Ato discricionário do ministro, resolvi não efetivar a nomeação, assim como o presidente pode me demitir a qualquer momento. Basta que ele tome a decisão”, declarou Queiroga, agora, à CPI da Covid.

O ministrou afirmou, ao contrário do que disse anteriormente, que não houve óbice da Secretaria de Governo e da Casa Civil à nomeação. “Não houve óbices formais da Segov e da Casa Civil”, disse Queiroga. “Eu entendi que em face do perfil da doutora Luana, não ia contribuir comigo para harmonizar as questões que são discutidas aqui a cerca do tratamento inicial”, acrescentou.

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Em depoimento, Luana Araújo disse que o minsitro não deu justificativa sobre o motivo da não nomeação na pasta.

Queiroga presta, nesta manhã, o segundo depoimento ao colegiado. Ele retorna após a primeira oitiva ter sido avaliada pelos senadores como “pouco esclarecedora”. Na ocasião, o ministro tinha pouco tempo de cargo e focou o discurso em promessas e compromissos.

A CPI da Covid tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com o desabastecimento de oxigênio hospitalar, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

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