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Renan Calheiros: subir no palanque de Meirelles seria “condenação”

Declaração foi feita pelo senador emedebista após visita ao ex-presidente Lula, na sede da Polícia Federal em Curitiba

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Renan Calheiros
1 de 1 Renan Calheiros - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) de Curitiba (PR), onde o petista está preso após condenação na Operação Lava Jato, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou nesta terça-feira (17/7) que o presidenciável de seu partido, Henrique Meirelles, não é originário da legenda e a possibilidade de subir no palanque dele seria uma “condenação”. “Ele é originário da JBS, é o candidato do sistema financeiro”, declarou o senador alagoano.

Calheiros, que declara apoio a Lula, chamou a candidatura de Meirelles de “fantasiosa e enganosa”. Segundo ele, o ex-ministro da Fazenda seria um bom candidato à presidência do Banco de Boston e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mas jamais ao posto de presidente da República.

O senador alagoano espera que o partido decida em convenção contra a candidatura própria do MDB. “O Meirelles está tentando ser o anticandidato, mas o anticandidato contra as pessoas que querem fazer certo pelo Brasil. O MDB não pode dar a legenda para ele, que tem 1% [das intenções de voto]. Isso vai dificultar o desempenho da sigla em todos os estados”, declarou.

Citando seu filho, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), o parlamentar afirmou que subir no palanque do ex-ministro como candidato à Presidência seria uma “condenação”. “O sonho de consumo do MDB é ter um candidato competitivo que agregue nos estados, para somar onde chegar”, disse.

“Estou há muito tempo no MDB. Nunca cruzei com o Meirelles nos corredores do partido, não sei onde ele estava nos momentos mais dramáticos da nossa democracia. Então, não dá para aceitar essa importação, nós não somos um centro de inseminação in vitro, o MDB é um partido que quer se reconstruir e se reinventar”, finalizou.

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