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Pimenta: portaria do salário mínimo é “remendo” a erros de Bolsonaro

Bolsonaro editou portaria para garantir que nenhum pensionista terá renda inferior a um salário mínimo

atualizado

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Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
paulo pimenta
1 de 1 paulo pimenta - Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

O deputado federal Paulo Pimenta (RS), líder do PT na Câmara, disse que a oposição continuará com a tentativa de obstruir o texto da reforma da Previdência, que deve ser votado ainda nesta semana. O parlamentar citou a portaria editada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta terça-feira (06/08/2019), que tem como objetivo garantir que nenhum pensionista terá renda inferior a um salário mínimo.

Durante a votação em primeiro turno, a oposição levantou a possibilidade de obstrução para tentar retirar do texto as mudanças em pensão por morte propostas pelo governo. Com a portaria, Bolsonaro pretende evitar qualquer mudança a mais no texto da Previdência. A expectativa declarada do governo, inclusive, é aprovar o texto no segundo turno com o mesmo número de votos do primeiro.

“O governo apresentou uma reforma que não garante no mínimo um salário mínimo, e tenta agora, com o decreto, remendar o estrago que está fazendo. Nem foi aprovada a reforma ainda, e o governo já tenta, com decretos, justificar as maldades que está fazendo”, argumentou Pimenta sobre a portaria publicada pelo governo no Diário Oficial. Ele disse que considera a reforma cruel principalmente com as pessoas que estão na base da pirâmide social.

O parlamentar participou de uma reunião na manhã desta terça-feira (06/08/2019) na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O café da manhã também contou com a presença de ministros do governo Bolsonaro e outros líderes partidários.

“Nós não temos nenhuma mudança de postura com relação ao tema da Previdência. Vamos trabalhar no sentido da obstrução. Vamos trabalhar ainda hoje para termos algumas emendas supressivas que possam reduzir um pouco do estrago que está sendo omitido principalmente contra a população mais humilde”, complementou.

A expectativa é começar a votação da reforma da Previdência ainda nesta terça-feira. Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), é preciso um número mínimo de 308 votos para aprovar o texto. Em seguida, o relatório passa para o Senado Federal.

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