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Petrobras rescinde contrato com escritório de presidente da OAB

“Há claramente uma perseguição política em curso”, diz Felipe Santa Cruz, que prometeu recorrer na Justiça

atualizado

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Cristovão Bernardo/OAB SP
Homem com boca retraídae expressão preocupada
1 de 1 Homem com boca retraídae expressão preocupada - Foto: Cristovão Bernardo/OAB SP

A Petrobras enviou nesta terça-feira (06/08/2019), ao escritório de advocacia do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, uma carta em que comunica que está rescindindo o contrato que mantinha com ele para causas trabalhistas. São informações da Folha de S.Paulo.

“Há claramente uma perseguição política em curso”, diz o advogado, que adiantou que vai entrar na Justiça com uma ação para reparação de danos.

Em 2018, o escritório de Santa Cruz ganhou uma causa estimada em R$ 5 bilhões, que seriam pagos como horas-extras atrasadas a funcionários embarcados nas plataformas de petróleo da estatal.

O julgamento, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), foi apertado: 6 votos a favor e 5 contrários. “Era uma ação rescisória, algo como ressuscitar alguém que morreu. Eu salvei a empresa na causa trabalhista mais grave que ela já enfrentou”, afirma Santa Cruz.

Queda de braço
A medida dá continuidade à queda de braço entre o governo Bolsonaro e a Ordem. No último dia 29 de julho, ao condenar a postura da instituição na investigação do caso de Adélio Bispo, autor do atentado à faca durante a campanha eleitoral, o presidente disse que poderia explicar ao presidente do órgão, Felipe Santa Cruz, as circunstâncias da morte do pai dele, Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira, desaparecido durante a ditadura militar.

“Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados [de Adélio]? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB? Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, disse o presidente.

Logo depois, Bolsonaro disse, durante live no Facebook: “Santa Cruz, está ‘equivocado’ quanto à morte de seu pai”, e alegou que ele não foi morto pelos militares, como defende o advogado.

Morto pelo próprio grupo
Enquanto cortava o cabelo durante a transmissão ao vivo, o chefe do Executivo federal sustentou que foi o próprio grupo de militantes antiditadura militar do qual Fernando Santa Cruz fazia parte em Recife, a Ação Popular Marxista-Leninista, que teria executado o pai do hoje presidente nacional da OAB.

Felipe Santa Cruz decidiu interpelar Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito das declarações dadas.

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