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Para Weintraub, República foi 1º “golpe de Estado” no Brasil

Para ministro da Educação, data comemora “infâmia” contra dom Pedro II. Onyx diz que é dia de trabalho e Bolsonaro viaja para o Guarujá

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Abraham Weintraub – MEC
1 de 1 Abraham Weintraub – MEC - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Sem compromissos oficiais ou comemorações à data que marca a Proclamação da República, nesta sexta-feira (15/11/2019), auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (PSL) trabalham e se expressam com mensagens de desapreço à República e exaltação de personagens da monarquia. Isso com cuidado para não dizer que defendem a volta da monarquia.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto em destaque), classificou o feriado como uma comemoração de uma “infâmia” cometida há 130 anos contra D. Pedro II, que, para ele, foi “um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da História”.

“Não estou defendendo que voltemos à monarquia, mas… O que diabos estamos comemorando hoje? Há 130 anos foi cometida uma infâmia contra um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da história (Não estou restringindo a afirmação ao Brasil).”

O ministro ainda aproveitou para criticar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), provocar feministas e fazer elogios à princesa Isabel, filha de dom Pedro II, e à dona Leopoldina, mulher do monarca.

“Para as feministas refletirem: o império teve seus dois principais atos assinados por mulheres educadas, inteligentes e honestas! Elas nos governaram bem antes de Dilma. A Lei Áurea e nossa Independência foram assinadas respectivamente pela princesa Isabel e por dona Leopoldina”, disse o ministro.

Na manhã deste 15 de novembro, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também ignorou a proclamação da República. Ao lado de Weintraub, postou foto de reunião em sala no Palácio do Planalto, em pleno trabalho.

Brics
Após uma semana de agenda puxada, com recepção na capital federal de mandatários de outros países por ocasião da 11ª Cúpula do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Bolsonaro levantou cedo e partiu para São Paulo. Aproveitará o feriado para prestigiar o triatlo que ocorre no Guarujá, litoral de estado, onde deve também assistir à partida entre Santos e São Paulo, na Vila Belmiro, no município de Santos, ao lado do balneário.

O feriado ocorre há menos de uma semana das confidências do deputado federal Luiz Philippe de Orleans, chamado de “O Príncipe”, sobre um diálogo, dentro da reunião com o PSL, com o presidente da República. O “herdeiro” do trono português teria ouvido de Bolsonaro que ele deveria ter sido o vice, no lugar do general Hamilton Mourão (PRB).

Depois, vieram as especulações sobre um dossiê com uma “suruba gay” que teriam feito Bolsonaro procurar no PRTB o vice na chapa.

O que seria o vice de Bolsonaro também tratou de defender as origens nas redes sociais. “Quando a data de hoje pesar na consciência nacional será o dia em que teremos o que comemorar”, postou logo cedo.

 

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