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Integrantes do PSL ignoram Bolsonaro e voltam a se atacar nas redes

O deputado eleito Alexandre Frota envolveu-se em bate-boca virtual com o futuro ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Alexandre Frota no CCBB
1 de 1 Alexandre Frota no CCBB - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Durou menos de 48 horas a trégua estabelecida depois que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), mandou que os integrantes de seu partido parassem de brigar em público. Acusado pelo deputado eleito Alexandre Frota (SP) de abrigar um lobista da indústria de medicamentos na equipe de transição para o novo governo, referindo-se ao empresário Saulo Meira Serra, o futuro ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (MG), chamou-o de desleal num grupo de mensagens da bancada e depois foi às redes sociais cobrar explicações dele. As informações são da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Em resposta ao colega, Frota disse nessa sexta (14/12) que só deve lealdade ao povo e a Bolsonaro. “Quem é leal primeiro aos amigos podem (sic) acabar se envolvendo, ainda que sem conhecimento, em situações embaraçosas com um simples aperto de mão”, escreveu.

Frota atacou o colaborador de Marcelo Antônio na quinta-feira (13), um dia após Bolsonaro pedir moderação aos aliados. “Nada mais desleal com um colega do que tratar questões tão sérias como essa via redes sociais sem antes consultar ou apurar a veracidade dos fatos”, respondeu o mineiro.

Cotado para um cargo no Turismo, Saulo Meira Serra trabalhou no Ministério da Saúde quando o MDB controlava a pasta, no governo Dilma. Após cobrar provas de Frota, Marcelo Antônio disse nesta sexta que o assessor será afastado para que eventuais suspeitas sejam averiguadas.

Sem quadros
Ao avaliar os resultados das conversas que Bolsonaro teve com nove bancadas nesta semana, caciques partidários afirmaram que o presidente eleito tem boas intenções, mas ainda não deixou claro quem serão os operadores que o ajudarão a organizar o jogo no Congresso.

Para esses dirigentes, os encontros deixaram claro que o PSL não tem quadros capacitados para a tarefa, o que obrigará o presidente a optar por membros de outros partidos para liderar seus aliados no Legislativo.

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