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Guedes diz ter sido convidado por Dilma para ser ministro da Fazenda

O ministro da Economia relatou um encontro que teve com a ex-presidente e disse que não esperava pelo impeachment que a petista sofreu

atualizado

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Guedes Imposto de renda
1 de 1 Guedes Imposto de renda - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (04/06/2019) que foi sondado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para ser ministro da Fazenda, no segundo mandato da petista, no lugar de Joaquim Levy, que ocupava a pasta na época. Ele afirmou ainda que não esperava que a presidente sofresse um impeachment, embora acreditasse que o governo acabaria “muito mal”.

“Quando ela [Dilma Roussseff] me sondou para o lugar do [Joaquim] Levy, eu disse para ela: ‘A senhora tem de fazer uma reforma já. Se não fizer, a inflação vai subir e o desemprego vai aumentar. Seis meses depoi,s o desemprego subiu de 8% para 13%’”, contou o ministro.  “Eu não imaginei que ela [Dilma] fosse sofrer um impeachment. Eu imaginei que o Brasil estaria como está a Argentina hoje, com 30% de inflação”, acrescentou.

Mais cedo, o ministro elogiou o governo de Michel Temer (MDB), que, segundo ele, foi uma gestão curta, mas “virtuosa” por ter feito a reforma trabalhista e aprovado a PEC do Teto de Gastos. Guedes voltou a dizer ainda que, se tivesse continuado o governo petista da ex-presidente Dilma Rousseff, o país estaria como a Argentina. “Era pra ter 20 milhões de desempregados se continuassem com a rota anterior. Não estaríamos como a Venezuela, porque temos mais juízo, mas estaríamos como a Argentina”, pontuou.

Bate-boca
Após mencionar o governo Dilma, Guedes se envolveu em mais um embate com parlamentares na Câmara dos Deputados. Com menos de duas horas de audiência pública, o economista não quis responder ao comentário da deputada Fernanda Melchionna (PSol-RS), que atacou a proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo Bolsonaro ao Parlamento.

“Eu não vou responder, porque você não me perguntou nada. Só anotei aqui ‘insanidade’”, disse. Começou então um conflito entre a bancada da oposição com o bloco governista e o titular da pasta da Economia, que chegou a falar que a parlamentar era do PT. “Desculpa, eu confundi. Mas nunca pensei que falar PT fosse pior que insanidade”, retrucou.

Guedes foi convocado para comparecer à audiência da Comissão de Finanças e Tributação, que elaborou a agenda com a união de outras duas comissões: a da Educação e a da Seguridade Social. O ministro debate questões da reforma da Previdência e precisará deixar o local por volta das 18h30, para cumprir agenda no Supremo Tribunal Federal (STF), às 19h.

 

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